Dispositivo coloca a câmera mais perto do foco da ação diminuindo ainda mais a necessidade de cortes. Desde que assisti o filme Uma Noite Al...
Dispositivo coloca a câmera mais perto do foco da ação diminuindo ainda mais a necessidade de cortes.
Desde que assisti o filme Uma Noite Alucinante - A Morte do Demônio (Evil Dead, 1981), cujo o título em português e as sequências não fizeram jus à bela película de terror, percebi a importância de uma câmera com estabilizador. Naquela época ainda era uma inovação alguém operar uma câmera perseguindo a ação sem contar com carrinhos sobre trilhos ou outro tipo de veículo, apenas um cameraman a pé.
É claro que havia cenas onde alguém segurando uma câmera saia correndo atrás de protagonistas mas isso só era usado quando o diretor quisesse um estilo cinema-verdade (tipo Aqui e Agora) para a tomada ou, geralmente, quando era filmagens feitas de improviso ou por amadores.
Mas naquele filme foi tudo diferente, operando uma steadicam tínhamos a uma câmera que viajava vinda da floresta adentrando cômodos de cabanas até alcançar o protagonista como se fosse um espírito demoníaco a pairar sobre o solo.
Esse tipo de tomada sem cortes era rara devido à complexidade de executar sem tremer a cena, deixando o espectador tonto, até o surgimento do estabilizador de câmera. Aí tudo mudou, ficando as longas cenas cada vez mais comuns consumindo esforços de contra-regras e exigindo uma apurada coreografia dos atores e figurantes.
De fato foi um avanço, todavia a parafernália que normalmente o operador de câmera tinha que vestir para conseguir obter as tais imagens estabilizadas tornava o processo difícil e exigia bastante habilidade do cameraman, o que poderia ainda colocar alguns obstáculos para que o diretor realizasse tudo aquilo que foi previsto no storyboard.
Abertura de A Invenção de Hugo Cabret. Cenas "impossíveis" sem cortes geradas por computador.
É claro que nem tudo é possível, pelo menos não sem lançarmos mãos das imagens geradas por computador (para as quais o limite parece ser o céu e o orçamento), mas esse dispositivo, denominado MōVI, desenvolvido pela Freefly, uma criadora de estabilizadores e câmeras-drone operadas a distância de longa data, deu muito mais liberdade para as mentes criativas da sétima arte ousarem colocando o espectador literalmente perseguindo os protagonistas em longas sequencias sem corte e sem gerar aquela sensação de cinetose.
O equipamento consiste de um eixo cardã fabricado sob medida e um giroscópio de 3-eixos que estabiliza a câmera digitalmente (uma Canon 1DC , neste caso). O conjunto aparentemente é muito leve e portátil, conferindo uma versatilidade bem distante das grandes hastes metálicas, coletes, e pesos que praticamente todo mundo que precisa de imagens estabilizadas utiliza.
Ainda é uma solução cara, cerca de US$ 15.000, todavia marca o começo de um novo conceito em estabilizadores de câmeras para cinema.
Fonte: Gizmodo
[Via BBA]
Desde que assisti o filme Uma Noite Alucinante - A Morte do Demônio (Evil Dead, 1981), cujo o título em português e as sequências não fizeram jus à bela película de terror, percebi a importância de uma câmera com estabilizador. Naquela época ainda era uma inovação alguém operar uma câmera perseguindo a ação sem contar com carrinhos sobre trilhos ou outro tipo de veículo, apenas um cameraman a pé.
É claro que havia cenas onde alguém segurando uma câmera saia correndo atrás de protagonistas mas isso só era usado quando o diretor quisesse um estilo cinema-verdade (tipo Aqui e Agora) para a tomada ou, geralmente, quando era filmagens feitas de improviso ou por amadores.
Mas naquele filme foi tudo diferente, operando uma steadicam tínhamos a uma câmera que viajava vinda da floresta adentrando cômodos de cabanas até alcançar o protagonista como se fosse um espírito demoníaco a pairar sobre o solo.
Esse tipo de tomada sem cortes era rara devido à complexidade de executar sem tremer a cena, deixando o espectador tonto, até o surgimento do estabilizador de câmera. Aí tudo mudou, ficando as longas cenas cada vez mais comuns consumindo esforços de contra-regras e exigindo uma apurada coreografia dos atores e figurantes.
De fato foi um avanço, todavia a parafernália que normalmente o operador de câmera tinha que vestir para conseguir obter as tais imagens estabilizadas tornava o processo difícil e exigia bastante habilidade do cameraman, o que poderia ainda colocar alguns obstáculos para que o diretor realizasse tudo aquilo que foi previsto no storyboard.
É claro que nem tudo é possível, pelo menos não sem lançarmos mãos das imagens geradas por computador (para as quais o limite parece ser o céu e o orçamento), mas esse dispositivo, denominado MōVI, desenvolvido pela Freefly, uma criadora de estabilizadores e câmeras-drone operadas a distância de longa data, deu muito mais liberdade para as mentes criativas da sétima arte ousarem colocando o espectador literalmente perseguindo os protagonistas em longas sequencias sem corte e sem gerar aquela sensação de cinetose.
O equipamento consiste de um eixo cardã fabricado sob medida e um giroscópio de 3-eixos que estabiliza a câmera digitalmente (uma Canon 1DC , neste caso). O conjunto aparentemente é muito leve e portátil, conferindo uma versatilidade bem distante das grandes hastes metálicas, coletes, e pesos que praticamente todo mundo que precisa de imagens estabilizadas utiliza.
Ainda é uma solução cara, cerca de US$ 15.000, todavia marca o começo de um novo conceito em estabilizadores de câmeras para cinema.
Fonte: Gizmodo
[Via BBA]