Sol poente, Por trás do monte escondendo, Tingindo os vales de ouro E o céu de púrpura. Tarde calma, Quieta tarde calada, Silente, muda, De ...
Sol poente,
Por trás do monte escondendo,
Tingindo os vales de ouro
E o céu de púrpura.
Tarde calma,
Quieta tarde calada,
Silente, muda,
De brisa suave refrescando almas,
De gente fazendo nada,
Sentada nos montes sem preocupações
Que não seja viver e beber,
Num gole imenso, sorvendo
Aos poucos, devagar,
A natureza bela.
Tarde de aves cantando, Ao longe,
Quase imperceptivelmente;
Na amplidão dos vales,
Sem perturbar o silêncio,
Sem atrapalhar a brisa ,
Sem apressar o Sol.
Tarde ampla, acolhedora tarde,
Onde as famílias nas soleiras,
Nos vales, na serra;
Com pés descalços sentindo a terra,
Devaneando vão mentalmente,
Até Deus, devagar
Em prece sem pressa,
Que ele é eterno e,
Tarde tão linda,
Não compactua com a morte.
Tarde serena e calma tarde
Que traduz minha alma
Dentro dessa tarde.
Tranquila e distante como o horizonte,
Que só existe
Longe da gente.
Rilmar (1978?)
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