Vazamento coloca milionários em polvorosa e supera em mais de dez vezes o número de documentos secretos expostos pelos "cables" da...
Vazamento coloca milionários em polvorosa e supera em mais de dez vezes o número de documentos secretos expostos pelos "cables" da embaixada dos EUA no Wikileaks.
Wikileaks humilhado. Tensão em Brasília. Pânico entre os magnatas que levam dinheiro para principados europeus, arquipélagos caribenhos e ilhas do Pacífico.
Esse é o chamado Offshore Leaks e promete levar à luz nomes de bilionários que tentam salvaguardar milhões longe dos olhos da tributação federal do mundo todo. Assim, muitos insuspeitos, traficantes, governantes inescrupulosos e criminosos de colarinho branco de toda espécie terão agora que se explicar e, acredita-se, muito a restituir. Mas antes, entenda como tudo começou:
Por 15 meses, cerca de 100 jornalistas ao redor do mundo têm trabalhado em conjunto para analisar um tesouro de 2,5 milhões de documentos e registros contábeis detalhando as identidades e atividades de 120 mil empresas offshore, a maioria deles baseados nas Ilhas Cayman e Ilhas Virgens Britânicas. Em termos de dados absolutos, é 160 vezes maior que a quantidade de dados das mensagens sobre o Departamento de Estado norte-americano revelados pelo Wikileaks.
Então, nesta quinta-feira, dia 4, os jornais The Guardian, Le Monde e The Washington Post anunciaram o vazamento de "milhões de registros internos" de empresas britânicas offshore. Eles expõem pela primeira vez a identidade de milhares de pessoas, de mais de 170 países, ligadas a empresas offshore com dinheiro escondido em paraísos fiscais. Entre eles estão Jean-Jacques Augier, amigo e tesoureiro da campanha do presidente francês François Hollande, e o presidente do Azerbaijão, Ilham Aliyev.
O vazamento é resultado de parceria do Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (ICIJ na sigla em inglês) com 38 veículos de informação. O consórcio obteve um drive com 200 GB com arquivos de agências nas Ilhas Virgens Britânicas, Cingapura e Ilhas Cook.
A lista de milionários, que somariam algo em torno de US$ 32 trilhões escondidos em paraísos fiscais, estimativas mais conservadoras falam em pelo menos US$ 8 trilhões, inclui governantes e famílias ricas de países como Canadá, EUA, Índia, Paquistão, Indonésia, Irã, China, Tailândia e ex-repúblicas comunistas. É gente como o ex-primeiro ministro da Mongólia Bayartsogt Sangajav, o marido de uma senadora canadense e a filha de Ferdinand Marcos, ex-ditador filipino.
O rol inclui, entre 4 mil investidores americanos, Denise Rich, que escreveu músicas para Celine Dion e Mandy Moore e que foi casada com um financista que caiu em desgraça (mas foi beneficiário de um perdão de Bill Clinton) Marc Rich.
O deputado federal Anthony Garotinho (PR-RJ) escreveu em seu blog que o assunto é um dos "mais comentados hoje aqui em Brasília". "E tem gente já na base do Lexotan", brincou.
Um mapa com os países onde estão se concentrando as apurações de nomes está sendo atualizado pela ICIJ e pode ser acessado aqui.
No Twitter, você pode seguir o ICIJorg e procurar pela hashtag #offshoreleaks para manter-se informado sobre os últimos vazamentos.
Só nos resta aguardar pelos nomes brasileiros que certamente irão surgir.
Fonte:
Gawker, Brasil 247, Luis Nassif Online
[Via BBA]
Wikileaks humilhado. Tensão em Brasília. Pânico entre os magnatas que levam dinheiro para principados europeus, arquipélagos caribenhos e ilhas do Pacífico.
Esse é o chamado Offshore Leaks e promete levar à luz nomes de bilionários que tentam salvaguardar milhões longe dos olhos da tributação federal do mundo todo. Assim, muitos insuspeitos, traficantes, governantes inescrupulosos e criminosos de colarinho branco de toda espécie terão agora que se explicar e, acredita-se, muito a restituir. Mas antes, entenda como tudo começou:
Infográfico interativo detalhado explica como funcionam os esquemas de lavagem de dinheiro após passar por paraísos fiscais (em inglês). |
Por 15 meses, cerca de 100 jornalistas ao redor do mundo têm trabalhado em conjunto para analisar um tesouro de 2,5 milhões de documentos e registros contábeis detalhando as identidades e atividades de 120 mil empresas offshore, a maioria deles baseados nas Ilhas Cayman e Ilhas Virgens Britânicas. Em termos de dados absolutos, é 160 vezes maior que a quantidade de dados das mensagens sobre o Departamento de Estado norte-americano revelados pelo Wikileaks.
Então, nesta quinta-feira, dia 4, os jornais The Guardian, Le Monde e The Washington Post anunciaram o vazamento de "milhões de registros internos" de empresas britânicas offshore. Eles expõem pela primeira vez a identidade de milhares de pessoas, de mais de 170 países, ligadas a empresas offshore com dinheiro escondido em paraísos fiscais. Entre eles estão Jean-Jacques Augier, amigo e tesoureiro da campanha do presidente francês François Hollande, e o presidente do Azerbaijão, Ilham Aliyev.
O vazamento é resultado de parceria do Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (ICIJ na sigla em inglês) com 38 veículos de informação. O consórcio obteve um drive com 200 GB com arquivos de agências nas Ilhas Virgens Britânicas, Cingapura e Ilhas Cook.
Mapa interativo dos clientes de paraísos fiscais |
O rol inclui, entre 4 mil investidores americanos, Denise Rich, que escreveu músicas para Celine Dion e Mandy Moore e que foi casada com um financista que caiu em desgraça (mas foi beneficiário de um perdão de Bill Clinton) Marc Rich.
O deputado federal Anthony Garotinho (PR-RJ) escreveu em seu blog que o assunto é um dos "mais comentados hoje aqui em Brasília". "E tem gente já na base do Lexotan", brincou.
Vem muitas bombas por aí. Salve-se quem puder! Eu vou ficar assistindo de camarote.
Anthony Garotinho
Um mapa com os países onde estão se concentrando as apurações de nomes está sendo atualizado pela ICIJ e pode ser acessado aqui.
No Twitter, você pode seguir o ICIJorg e procurar pela hashtag #offshoreleaks para manter-se informado sobre os últimos vazamentos.
Só nos resta aguardar pelos nomes brasileiros que certamente irão surgir.
Fonte:
Gawker, Brasil 247, Luis Nassif Online
[Via BBA]