FDA aprova retina artificial que é capaz de devolver parcialmente a visão para alguns cegos. Devolver (parcialmente) a visão para quem não p...
FDA aprova retina artificial que é capaz de devolver parcialmente a visão para alguns cegos.
Devolver (parcialmente) a visão para quem não pode enxergar é um milagre que a medicina já pode operar. Isso está sendo feito para alguns indivíduos portadores de retinose pigmentar avançada, uma doença degenerativa do olho que pode causar cegueira. Este é o primeiro tratamento aprovado para a doença nos EUA.
Mark Humayun, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, em Los Angeles, que tem desenvolvido o dispositivo nos últimos 25 anos, exlpica a finalidade do dispositivo.
Alguns pacientes podem ler letras grandes, mas a principal função do implante é dar aos pacientes visão suficiente para restaurar a mobilidade.
A prótese foi aprovada pela Food and Drug Administration (FDA) e a fabricante Second Sight, sediada em Sylmar, Califórnia, já pode comercializar o aparelho, denominado Argus II, nos EUA.
O Argus II, possui três partes principais:
A câmera envia as imagens digitais para o computador montado em um cinto. O processador converte os dados de imagem em sinais elétricos que são transmitidos a um chip implantado perto da retina.
Os sinais são então enviados para uma matriz de 60 eletrodos, que estimulam as células da retina. Estes eletrodos, essencialmente, substituem as células sensíveis à luz que degeneraram. Até agora, o sistema não pode ajudar os pacientes a diferenciar cores, mas pode dar-lhes a sensação visual suficiente para perceber os contornos das coisas próximas.
O aparelho já foi aprovado para uso na Europa desde março de 2011 e está implantado em 30 pacientes em um ensaio clínico nos EUA, que começou em 2007. A empresa não anunciou quanto custará nos EUA, mas o Argus II é vendido na Europa por US$ 100.000, com a expectativa de que o implante durará por uma década. Segundo Humayun, cirurgiões em todo o país, incluindo os de Los Angeles, São Francisco, Filadélfia e Baltimore, já foram treinados na cirurgia para implantar o dispositivo.
Outra próteses, como marca-passos e implantes cocleares já utilizam eletrodos para fazer a interface com o corpo. Prém nenhum é tão complicado como a prótese de retina, diz Humayun. Enquanto os implantes cocleares usam até cerca de 20 eletrodos, o Argus II usa três vezes mais e todos precisam ser ligados em um estojo biocompatível compacto que não superaqueça e que consiga tolerar os movimentos frequentes do olho humano.
Um importante detalhe de segurança: não se deve fazer exame de ressonância magnética com esse aparato dentro da órbita ocular. As consequências poderiam ser catastróficas.
Fonte: MIT Technology Review
[Via BBA]
Devolver (parcialmente) a visão para quem não pode enxergar é um milagre que a medicina já pode operar. Isso está sendo feito para alguns indivíduos portadores de retinose pigmentar avançada, uma doença degenerativa do olho que pode causar cegueira. Este é o primeiro tratamento aprovado para a doença nos EUA.
Mark Humayun, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, em Los Angeles, que tem desenvolvido o dispositivo nos últimos 25 anos, exlpica a finalidade do dispositivo.
Isso permite que pessoas que são completamente cegas vejam o suficiente para melhorar a sua mobilidade. Isso permite que as pessoas consigam distinguir a calçada e permanecer nela sem torcer o tornozelo, ver obstáculos inesperados, como carros estacionados, distinguir uma mesa, ver alguém que esteja vindo por uma porta.
Prof. Mark Humayun
Alguns pacientes podem ler letras grandes, mas a principal função do implante é dar aos pacientes visão suficiente para restaurar a mobilidade.
A prótese foi aprovada pela Food and Drug Administration (FDA) e a fabricante Second Sight, sediada em Sylmar, Califórnia, já pode comercializar o aparelho, denominado Argus II, nos EUA.
O Argus II, possui três partes principais:
- Uma câmera de vídeo montada em um óculos,
- um computador portátil e
- um chip implantado perto da retina.
A câmera envia as imagens digitais para o computador montado em um cinto. O processador converte os dados de imagem em sinais elétricos que são transmitidos a um chip implantado perto da retina.
Os sinais são então enviados para uma matriz de 60 eletrodos, que estimulam as células da retina. Estes eletrodos, essencialmente, substituem as células sensíveis à luz que degeneraram. Até agora, o sistema não pode ajudar os pacientes a diferenciar cores, mas pode dar-lhes a sensação visual suficiente para perceber os contornos das coisas próximas.
O aparelho já foi aprovado para uso na Europa desde março de 2011 e está implantado em 30 pacientes em um ensaio clínico nos EUA, que começou em 2007. A empresa não anunciou quanto custará nos EUA, mas o Argus II é vendido na Europa por US$ 100.000, com a expectativa de que o implante durará por uma década. Segundo Humayun, cirurgiões em todo o país, incluindo os de Los Angeles, São Francisco, Filadélfia e Baltimore, já foram treinados na cirurgia para implantar o dispositivo.
Outra próteses, como marca-passos e implantes cocleares já utilizam eletrodos para fazer a interface com o corpo. Prém nenhum é tão complicado como a prótese de retina, diz Humayun. Enquanto os implantes cocleares usam até cerca de 20 eletrodos, o Argus II usa três vezes mais e todos precisam ser ligados em um estojo biocompatível compacto que não superaqueça e que consiga tolerar os movimentos frequentes do olho humano.
Este é o implante médico mais complicado que há, em termos do número de eletrodos.
Prof. Mark Humayun
Um importante detalhe de segurança: não se deve fazer exame de ressonância magnética com esse aparato dentro da órbita ocular. As consequências poderiam ser catastróficas.
Fonte: MIT Technology Review
[Via BBA]