Dr. Henry Markram, israelita sul-africano, 47, um médico que virou engenheiro de computação, anunciou que ele e sua equipe iriam criar a pri...
Dr. Henry Markram, israelita sul-africano, 47, um médico que virou engenheiro de computação, anunciou que ele e sua equipe iriam criar a primeira mente artificial consciente e inteligente. E tem até prazo para ser feito: 2018.

O anúncio foi feito em uma conferência de tecnologia em Oxford, no verão passado (inverno no hemisfério sul).
Ele está tentando construir na Suíça, uma mente feita de ouro, cobre, silício e muita engenharia de precisão.
O resultado será uma criatura que seu criador acredita que dentro de uma década pode ser capaz de pensar, sentir e até mesmo se apaixonar.
Henry Markram explica seu projeto (clique em view subtitle para ver legendas em português)
Se for bem-sucedido, então nós estamos na iminência de realizar a antiga fantasia imaginada por Mary Shelley em seu conto onde um monstro artificial é trazido à vida. Por coincidência, a história teria sido escrita a poucos quilômetros de onde esta experiência extraordinária está ocorrendo agora.
O sucesso trará consigo enigmas filosóficos, éticos e morais da ordem mais elevada, podendo nos forçar a confrontar com a idéia do que significa ser humano.
O projeto Markram é uma tentativa de construir uma cópia eletrônica de um cérebro. Inicialmente um cérebro de um rato, para depois avançar para um cérebro humano. Isso tudo no interior de um dos computadores mais potentes do mundo.
Com isso irá trazer à existência uma mente consciente de que será capaz de pensar, raciocinar, se expressa, fixar memórias e talvez até mesmo experimentar o amor, raiva, tristeza, dor e alegria.
Mesmo os críticos acreditam que ele está na direção de algo e que possui o mais importante para isso: dinheiro.
Fazer mentes artificias parece promissor, uma vez que para seu laboratório no Instituto do Cérebro Mente na Escola Politécnica de Lausanne estão jorrando dezenas de milhões de euros. Entre os investidores estão o governo suíço, a UE e os patrocinadores privados, dentre eles a gigante da informática IBM.
E o que faz o Blue Brain (o nome do projeto) tão diferente? Afinal os cientistas tentam, sem sucesso, construir cérebros eletrônicos há décadas.
Nesse caso, o Dr. Markram não tenta copiar o que o cérebro faz, através do ensino de um computador para jogar xadrez, subir escadas ou outra coisa do gênero. Na verdade ele começou com o cérebro biológico em si.
O projeto pega célula por célula de um cérebro real, usando o que equivale a técnicas de dissecação extremamente complexas, analisa as conexões entre elas e envia os dado para um supercomputador. Atualmente ele usa o Blue Gene da IBM.
Espera-se que o resultado seja uma cópia exata de um cérebro, construído no software ao invés de carne e osso. Existe a possibilidade teórica de que através da construção de um modelo de um cérebro real, talvez o resultado comece a se comportar como um cérebro real. Algo como um emulador de cérebro.
Mas o desafio ainda é enorme. Usando apenas 30 watts de eletricidade - o suficiente para alimentar uma lâmpada de luz fraca - o nosso cérebro pode superar por um fator de um milhão ou mais, mesmo o poderoso computador Blue Gene. O próprio Dr. Markram admite que replicar um cérebro real inteiro hoje é totalmente impossível.
Mesmo o próximo estágio, um cérebro de rato completo, precisa de um 200 milhões de libras e um supercomputador muito mais eficiente.
Para se construir um cérebro humano seria necessário um computador de bilhões de dólares feito sob medida para o projeto. Contudo, como o poder computacional só vem aumentando exponencialmente, é questão de tempo até se obter o hardware adequado para a experiência.
Por isso Dr. Markram acredita conseguir realizar o intento antes do final da década.
Se Dr. Markram criar sua máquina em 2018, e pronunciar a famosa declaração que fundamenta a filosofia ocidental, "Penso, logo existo", ele certamente terá seus críticos.
Contudo, sua ambição não é de forma alguma impossível. Os princípios que regem o seu trabalho estão firmemente enraizada nas correntes científicas atuais.
No ano passado, os modelos de um cérebro de rato produziram padrões 'cerebrais' totalmente inesperados no software do computador. É possível que, durante alguns segundos, uma fulgaz consciência de rato tenha surgido?
Ele pretende usar o cérebro para estudar os processos cerebrais, como a dor, para desenvolver novas drogas. O que por si só já traz problemas éticos. Será ético causar dor em um cérebro capaz de sentí-la? Ainda que seja artificial?
Fonte: Daily Mail

O anúncio foi feito em uma conferência de tecnologia em Oxford, no verão passado (inverno no hemisfério sul).
Ele está tentando construir na Suíça, uma mente feita de ouro, cobre, silício e muita engenharia de precisão.
O resultado será uma criatura que seu criador acredita que dentro de uma década pode ser capaz de pensar, sentir e até mesmo se apaixonar.
Se for bem-sucedido, então nós estamos na iminência de realizar a antiga fantasia imaginada por Mary Shelley em seu conto onde um monstro artificial é trazido à vida. Por coincidência, a história teria sido escrita a poucos quilômetros de onde esta experiência extraordinária está ocorrendo agora.
O sucesso trará consigo enigmas filosóficos, éticos e morais da ordem mais elevada, podendo nos forçar a confrontar com a idéia do que significa ser humano.
O projeto Markram é uma tentativa de construir uma cópia eletrônica de um cérebro. Inicialmente um cérebro de um rato, para depois avançar para um cérebro humano. Isso tudo no interior de um dos computadores mais potentes do mundo.
Com isso irá trazer à existência uma mente consciente de que será capaz de pensar, raciocinar, se expressa, fixar memórias e talvez até mesmo experimentar o amor, raiva, tristeza, dor e alegria.
Vamos fazê-lo até 2018. Nós precisamos de muito dinheiro, mas eu o estou conseguindo. Há poucos cientistas no mundo, com os recursos que tenho à minha disposição.
Professor Henry Markram
Mesmo os críticos acreditam que ele está na direção de algo e que possui o mais importante para isso: dinheiro.
Fazer mentes artificias parece promissor, uma vez que para seu laboratório no Instituto do Cérebro Mente na Escola Politécnica de Lausanne estão jorrando dezenas de milhões de euros. Entre os investidores estão o governo suíço, a UE e os patrocinadores privados, dentre eles a gigante da informática IBM.
E o que faz o Blue Brain (o nome do projeto) tão diferente? Afinal os cientistas tentam, sem sucesso, construir cérebros eletrônicos há décadas.
Nesse caso, o Dr. Markram não tenta copiar o que o cérebro faz, através do ensino de um computador para jogar xadrez, subir escadas ou outra coisa do gênero. Na verdade ele começou com o cérebro biológico em si.
O projeto pega célula por célula de um cérebro real, usando o que equivale a técnicas de dissecação extremamente complexas, analisa as conexões entre elas e envia os dado para um supercomputador. Atualmente ele usa o Blue Gene da IBM.
Espera-se que o resultado seja uma cópia exata de um cérebro, construído no software ao invés de carne e osso. Existe a possibilidade teórica de que através da construção de um modelo de um cérebro real, talvez o resultado comece a se comportar como um cérebro real. Algo como um emulador de cérebro.
Mas o desafio ainda é enorme. Usando apenas 30 watts de eletricidade - o suficiente para alimentar uma lâmpada de luz fraca - o nosso cérebro pode superar por um fator de um milhão ou mais, mesmo o poderoso computador Blue Gene. O próprio Dr. Markram admite que replicar um cérebro real inteiro hoje é totalmente impossível.
Mesmo o próximo estágio, um cérebro de rato completo, precisa de um 200 milhões de libras e um supercomputador muito mais eficiente.
Para se construir um cérebro humano seria necessário um computador de bilhões de dólares feito sob medida para o projeto. Contudo, como o poder computacional só vem aumentando exponencialmente, é questão de tempo até se obter o hardware adequado para a experiência.
Por isso Dr. Markram acredita conseguir realizar o intento antes do final da década.
Nós vamos chegar lá.
Dr. Markram
Se Dr. Markram criar sua máquina em 2018, e pronunciar a famosa declaração que fundamenta a filosofia ocidental, "Penso, logo existo", ele certamente terá seus críticos.
Contudo, sua ambição não é de forma alguma impossível. Os princípios que regem o seu trabalho estão firmemente enraizada nas correntes científicas atuais.
No ano passado, os modelos de um cérebro de rato produziram padrões 'cerebrais' totalmente inesperados no software do computador. É possível que, durante alguns segundos, uma fulgaz consciência de rato tenha surgido?
Ele pretende usar o cérebro para estudar os processos cerebrais, como a dor, para desenvolver novas drogas. O que por si só já traz problemas éticos. Será ético causar dor em um cérebro capaz de sentí-la? Ainda que seja artificial?
Fonte: Daily Mail