Sabe aquelas máquinas fotográficas que batem a foto automaticamente quando a pessoa fotografada sorri? Pois tecnologia similar está sendo em...
Sabe aquelas máquinas fotográficas que batem a foto automaticamente quando a pessoa fotografada sorri? Pois tecnologia similar está sendo empregada no Japão para fins de controle de qualidade no atendimento. Empresa ferroviária japonesa está usando um novo método para checar se seus funcionários estão sempre sorrindentes.
A companhia instalou máquinas especiais em 15 estações de Tóquio que medem, através de um sistema de computador, a curvatura do sorriso.
Os trabalhadores que não tiverem um sorriso adequado vão ser advertidos que devem ser menos sérios e mais simpáticos.
O sistema - desenvolvido pela empresa japonesa Omron - também vai ser usado em um hospital em Osaka, para checar o atendimento dos funcionários, e em uma parada de caminhões, para verificar o quão cansados estão os motoristas.
Os fabricantes sugerem que, no futuro, o software também pode ser usado por lojas para verificar a reação dos consumidores aos produtos expostos nas vitrines.
O correspondente da BBC em Tóquio Roland Buerk diz que os japoneses valorizam muito o serviço ao consumidor.
É uma prática comum no país, segundo ele, que condutores de trem bem vestidos façam uma reverência enquanto os passageiros entram e saem dos vagões.
Fico pensando se essa empresa vai pagar por cremes anti-rugas e plásticas para seus funcionários. Bem, a gente sabe que os patrões naturalmente repelem os atendentes que não estão sempre sorridentes, a máquina apenas vai tirar o emprego de alguns supervisores.
Por outro lado, se alguém ameaçar demitir um funcionário por não estar sorrindo o suficiente, a máquina poderá fornecer um número objetivo até para o funcionário se defender.
Seria mais justo se o funcionário pudesse guardar os sorrisos que desse a mais em um banco de sorrisos. Assim, no dia que ele estive deprimido ou "pê" da vida ele poderia sacar seus créditos e manter a média daquele mês.
Se essa máquina fosse usada nas entrevistas do ex-técnico do São Paulo, Muricy Ramalho, só iria sair sorriso irônico. Ou então ele ía viver advertido.
Esse equipamento é uma coisa triste para mim. Funcionário feliz e que veste a camisa da empresa é aquele que tem as boas condições de trabalho. Uma máquina desse tipo não me agrada. Soa falso, parece enganação, humilhação, até um pouco de sadismo.
Jovens rindo à toa em videogame que mede o sorriso. Espere só até você ter que sustentar a família assim.
Uma observação: muitas vezes o indivíduo sorri pouco por ter problemas dentários, mau hálito e até mesmo por traumas psicológicos. Uma consulta a um especialista pode trazer essa magia que um sorriso sincero proporciona de volta a faces menos simpáticas.
Uma certa urbanidade é o que se espera nas relações humanas. Não sorrisos forçados. Uma medição como esse serviria mais para detectar o clima organizacional, o humor da corporação. E não para ficar vigiando se o funcionário está conseguindo fingir bem. Mas tecnologia é assim mesmo. Pode ser usada para o bem ou para o mal.
Minha cara de felicidade para esse scanner facial. :-(
Fonte: G1
A companhia instalou máquinas especiais em 15 estações de Tóquio que medem, através de um sistema de computador, a curvatura do sorriso.
Os trabalhadores que não tiverem um sorriso adequado vão ser advertidos que devem ser menos sérios e mais simpáticos.
O sistema - desenvolvido pela empresa japonesa Omron - também vai ser usado em um hospital em Osaka, para checar o atendimento dos funcionários, e em uma parada de caminhões, para verificar o quão cansados estão os motoristas.
Os fabricantes sugerem que, no futuro, o software também pode ser usado por lojas para verificar a reação dos consumidores aos produtos expostos nas vitrines.
O correspondente da BBC em Tóquio Roland Buerk diz que os japoneses valorizam muito o serviço ao consumidor.
É uma prática comum no país, segundo ele, que condutores de trem bem vestidos façam uma reverência enquanto os passageiros entram e saem dos vagões.
Fico pensando se essa empresa vai pagar por cremes anti-rugas e plásticas para seus funcionários. Bem, a gente sabe que os patrões naturalmente repelem os atendentes que não estão sempre sorridentes, a máquina apenas vai tirar o emprego de alguns supervisores.
Por outro lado, se alguém ameaçar demitir um funcionário por não estar sorrindo o suficiente, a máquina poderá fornecer um número objetivo até para o funcionário se defender.
Seria mais justo se o funcionário pudesse guardar os sorrisos que desse a mais em um banco de sorrisos. Assim, no dia que ele estive deprimido ou "pê" da vida ele poderia sacar seus créditos e manter a média daquele mês.
Se essa máquina fosse usada nas entrevistas do ex-técnico do São Paulo, Muricy Ramalho, só iria sair sorriso irônico. Ou então ele ía viver advertido.
Esse equipamento é uma coisa triste para mim. Funcionário feliz e que veste a camisa da empresa é aquele que tem as boas condições de trabalho. Uma máquina desse tipo não me agrada. Soa falso, parece enganação, humilhação, até um pouco de sadismo.
Uma observação: muitas vezes o indivíduo sorri pouco por ter problemas dentários, mau hálito e até mesmo por traumas psicológicos. Uma consulta a um especialista pode trazer essa magia que um sorriso sincero proporciona de volta a faces menos simpáticas.
Uma certa urbanidade é o que se espera nas relações humanas. Não sorrisos forçados. Uma medição como esse serviria mais para detectar o clima organizacional, o humor da corporação. E não para ficar vigiando se o funcionário está conseguindo fingir bem. Mas tecnologia é assim mesmo. Pode ser usada para o bem ou para o mal.
Minha cara de felicidade para esse scanner facial. :-(
Fonte: G1
