Como fundador do prêmio Ig Nobel, Marc Abrahams, explora as pesquisas mais improváveis do mundo. Nesta palestra instigante (e eventualmente ...
Como fundador do prêmio Ig Nobel, Marc Abrahams, explora as pesquisas mais improváveis do mundo. Nesta palestra instigante (e eventualmente hilária), ele conta histórias de uma ciência muito estranha, e defende que bobagens são críticas para despertar o interesse na ciência.
Durante conversa informal com estagiários do meu setor, todos preocupados com a defesa do TCC, foi lembrado um projeto curioso que explorava "os efeitos da menstruação no ambiente de trabalho". Não preciso dizer o quanto tal projeto deve ter sido alvo de piadas. Mas o fato é que foi aceito, defendido em banca e deve, sim, causar reflexão.
Esse tipo de pesquisa é que alimenta essa paródia do prêmio Nobel, sobre o qual essa palestra no TED, transcrita a seguir, veio bem a calhar.
George e Charlotte Blonsky, que eram marido e mulher vivendo no Bronx na cidade de Nova Iorque, inventaram uma coisa.
Eles conseguiram uma patente em 1965 pelo que chamaram "um dispositivo para auxiliar mulheres a darem à luz". O dispositivo consiste de uma mesa grande e redonda e alguns mecanismos. Quando a mulher estiver pronta para dar à luz, ela deita de costas, é amarrada à mesa, e a mesa é girada em alta velocidade. A criança sai voando através da força centrífuga.
Se observarem a patente com cuidado, especialmente se tiverem formação ou talento em engenharia, podem detectar um ou dois detalhes onde o design não é perfeitamente adequado.
(Risos)
O médico Ivan Schwab na Califórnia é uma das pessoas, uma das principais pessoas, que ajudaram a responder a pergunta, "Por que pica-paus não têm dores de cabeça?" E pelo jeito a resposta é que seus cérebros estão empacotados dentro do crânio de uma maneira diferente dos nossos cérebros, do cérebro humano, verdade, como nossos cérebros estão empacotados. Os pica-paus tipicamente bicam, batem suas cabeças num pedaço de madeira milhares de vezes todos os dias. Todos os dias! E pelo que todos sabemos, isso não é para eles o menor incômodo.
Como isso acontece? Seu cérebro não desliza como o nosso. Seu cérebro é empacotado bem firmemente, ao menos de pancadas vindas diretamente pela frente.
E talvez o pica-pau esteja relacionado a isso.
Houve um artigo publicado no periódico médico The Lancet na Inglaterra há alguns anos chamado "Um homem que espetou o dedo e ficou cheirando podre por 5 anos." A dra. Caroline Mills e sua equipe atenderam esse paciente e não sabiam o que fazer com ele. O homem tinha um corte no dedo, ele trabalhava no processamento de frangos, e então começou a cheirar muito, muito mal. Tão mal que quando entrava na sala com médicos e enfermeiras, eles não conseguiam ficar junto com ele na sala. Era insuportável. Eles tentaram todo tipo de droga, todos os tratamentos que conheciam. Depois de um ano, ele ainda cheirava podre. Depois de dois anos, ainda cheirava podre. Três anos, quatro anos, ainda cheirando podre. Depois de cinco anos, o cheiro foi embora sozinho. É um mistério.
Na Nova Zelândia, a dra. Lianne Parkin e sua equipe testaram uma antiga tradição de sua cidade. Eles moram numa cidade com enormes colinas, como as de São Francisco. E no inverno fica muito frio lá e cheio de gelo. Acontecem muitos acidentes. A tradição que eles testaram, eles testaram pedindo às pessoas que estavam a caminho do trabalho de manhã, que parassem e testassem uma coisa. Tentar uma de duas condições. A tradição é que no inverno, nessa cidade, usam-se as meias por fora das botas.
E o que descobriram experimentando, e foi bem explícito quando viram, foi que é realmente verdade. Que se você usar as meias por fora em vez de por dentro, tem muito mais chances de sobreviver e não escorregar e cair.
Bem, espero que vocês concordem comigo que essas coisas que acabei de descrever a vocês, cada uma delas merece um tipo de prêmio.
(Risos)
E foi isso que elas conseguiram, cada uma delas ganhou um prêmio Ig Nobel. Em 1991, eu junto com um monte de outras pessoas, iniciamos a cerimônia do prêmio Ig Nobel. Todo ano nós distribuímos 10 prêmios.
Os prêmios baseiam-se em um só critério. É muito simples. É que você tenha criado algo que faça as pessoas rir, e então pensar.
O que quer que seja, tem alguma coisa que ao ser encontrada pela primeira vez, a única reação possível é rir. E uma semana depois, ainda está na cabeça e tudo o que querem fazer é contar para seus amigos. Essa é a qualidade que buscamos.
Todo ano, nós chegamos próximos de 9 mil indicações para o prêmio Ig Nobel. Dessas, consistentemente entre 10% e 20% dessas indicações são pessoas que indicam a si mesmas. Os autoindicados nunca vencem. É muito difícil, numericamente, ganhar um prêmio se você quiser. Até mesmo se não quiser, é muito difícil numericamente. É preciso saber que quando escolhemos alguém para ganhar um prêmio Ig Nobel, nós contactamos a pessoa discretamente. Nós oferecemos a chance de recusar essa grande honra se elas quiserem. Felizmente para nós, quase todos a que já oferecemos o prêmio decidiram aceitar.
O que você recebe se ganhar um prêmio Ig Nobel? Bem, você recebe várias coisas. Você recebe o prêmio Ig Nobel. O design é diferente todo ano e são sempre feitos à mão com materiais extremamente baratos. Aqui vocês veem uma imagem do prêmios que entregamos no ano passado, 2013. A maioria dos prêmios também oferecem aos vencedores uma quantia em dinheiro. Nós não temos dinheiro, Então não podemos oferecê-lo. Inclusive, os ganhadores têm que pagar sua própria viagem para vir à cerimônia do Ig Nobel, o que a maioria faz. No ano passado, nós até conseguimos juntar um pouco de dinheiro. No ano passado, cada um dos 10 ganhadores do prêmio Ig Nobel recebeu de nós 10 trilhões de dólares. Uma nota de 10 trilhões de dólares zimbabuenses.
(Risos)
Talvez vocês lembrem que o Zimbábue passou por uma aventura há alguns anos com a inflação. eles acabaram imprimindo notas com valores na casa dos 100 trilhões de dólares. O homem responsável, gestor do banco nacional, por acaso, ganhou o prêmio Ig Nobel em matemática.
Outra coisa que você recebe é um convite para vir à cerimônia, que acontece na Universidade de Harvard. E quando você chega, vai ao maior ponto de encontro e sala de aula de Harvard. Lá cabem 1.100 pessoas, fica lotado, e no palco, esperando para apertar sua mão, esperando para entregar-lhe seu prêmio Ig Nobel, está um monte de ganhadores do prêmio Nobel.
Vou contar-lhes de alguns outros prêmios relacionados à medicina que já entregamos. Tenham em mente, nós já entregamos 230 prêmios. Muitas dessas pessoas estão entre vocês. Talvez vocês mesmos tenham ganho algum. Um artigo foi publicado há cerca de 30 anos chamado "Ferimentos causados por Cocos em Queda". Foi escrito pelo dr. Peter Barss, que é canadense. O dr. Barss veio à cerimônia e explicou que no início de sua carreira, ele queria conhecer o mundo. E ele foi para a Papua-Nova Guiné. Chegando lá, ele foi trabalhar num hospital e ficou curioso sobre que tipos de coisas aconteciam às pessoas para elas irem ao hospital. Ele analisou os registros e descobriu que um grande número de pessoas naquele hospital estavam lá por causa de ferimentos causados por cocos em queda. Uma coisa típica que acontece é que as pessoas vêm das montanhas, onde não há tantos coqueiros, para a costa visitar seus parentes, onde há muitos coqueiros.
Um coqueiro de 27 metros, com cocos que pesam um quilo que podem despencar a qualquer momento.
Uma equipe de médicas na Europa publicou uma série de artigos sobre colonoscopias. Vocês todos conhecem uma colonoscopia, de um jeito ou de outro. Ou em alguns casos, de um jeito e de outro. Nesses artigos, eles explicaram aos colegas médicos que realizam colonoscopias, como minimizar as chances, durante a realização de uma colonoscopia, de que seu paciente exploda. (Risos) O dr. Emmanuel Ben-Soussan um dos autores, pegou um avião de Paris para a cerimônia, onde ele explicou essa história, Que nos anos 50, quando colonoscopias estavam se tornando uma técnica comum, as pessoas ainda estavam aprendendo como fazê-las bem. E havia algumas dificuldades a princípio. Basicamente, e tenho certeza que vocês todos sabem disso, o problema é que você está analisando um lugar comprido, estreito e escuro. E assim, você quer um espaço maior. Você adiciona um pouco de gás para inflá-lo para que tenha espaço para olhar. Agora, isso se junta com o gás, o gás metano, que já está lá. o gás usado a princípio, em muitos casos, era oxigênio. Então adicionavam oxigênio ao gás metano. E então queriam poder ver, precisavam de luz, e colocavam uma fonte de luz, que nos anos 50 era muito quente. E assim, tinha-se gás metano, que é inflamável, oxigênio e calor. Eles pararam de usar oxigênio bem rápido.
(Risos)
A última coisa que eu queria contar-lhes é de um prêmio que entregamos à dra. Elena Bodnar.
Uma para salvar a sua vida, outra para salvar a vida de algum sortudo próximo.
(Risos)
Por que alguém faria isso, vocês imaginam. A dra. Bodnar veio à cerimônia e ela explicou que cresceu na Ucrânia. ela era um dos médicos que tratava as vítimas do desastre de Chernobyl. E mais tarde foi descoberto que vários dos piores problemas médicos vinham das partículas que as pessoas inspiravam. E ela sempre pensava em como construir uma máscara simples que estivesse disponível em qualquer lugar quando acontecesse o inesperado. Anos mais tarde, ela se mudou para os EUA. Ela teve um bebê. Um dia ela olhou, e no chão, seu filho havia pegado seu sutiã, e tinha colocado em seu rosto. E foi daí que veio a ideia. Ela veio à cerimônia do Ig Nobel com o primeiro protótipo do sutiã e ela demonstrou:
(Risos)
(Aplausos)
["Paul Krugman, ganhador do Nobel (2008) de economia"] ["Wolfgang Ketterle, ganhador do Nobel (2001) de física"]
Eu mesmo tenho um sutiã de emergência.
(Risos)
É meu sutiã favorito, mas eu ficaria feliz em compartilhá-lo com você, se fosse necessário.
Obrigado.
(Aplausos)
Fonte: TED
[Via BBA]
O mascote "The Stinker" |
Durante conversa informal com estagiários do meu setor, todos preocupados com a defesa do TCC, foi lembrado um projeto curioso que explorava "os efeitos da menstruação no ambiente de trabalho". Não preciso dizer o quanto tal projeto deve ter sido alvo de piadas. Mas o fato é que foi aceito, defendido em banca e deve, sim, causar reflexão.
Esse tipo de pesquisa é que alimenta essa paródia do prêmio Nobel, sobre o qual essa palestra no TED, transcrita a seguir, veio bem a calhar.
George e Charlotte Blonsky, que eram marido e mulher vivendo no Bronx na cidade de Nova Iorque, inventaram uma coisa.
Eles conseguiram uma patente em 1965 pelo que chamaram "um dispositivo para auxiliar mulheres a darem à luz". O dispositivo consiste de uma mesa grande e redonda e alguns mecanismos. Quando a mulher estiver pronta para dar à luz, ela deita de costas, é amarrada à mesa, e a mesa é girada em alta velocidade. A criança sai voando através da força centrífuga.
Se observarem a patente com cuidado, especialmente se tiverem formação ou talento em engenharia, podem detectar um ou dois detalhes onde o design não é perfeitamente adequado.
(Risos)
O médico Ivan Schwab na Califórnia é uma das pessoas, uma das principais pessoas, que ajudaram a responder a pergunta, "Por que pica-paus não têm dores de cabeça?" E pelo jeito a resposta é que seus cérebros estão empacotados dentro do crânio de uma maneira diferente dos nossos cérebros, do cérebro humano, verdade, como nossos cérebros estão empacotados. Os pica-paus tipicamente bicam, batem suas cabeças num pedaço de madeira milhares de vezes todos os dias. Todos os dias! E pelo que todos sabemos, isso não é para eles o menor incômodo.
Como isso acontece? Seu cérebro não desliza como o nosso. Seu cérebro é empacotado bem firmemente, ao menos de pancadas vindas diretamente pela frente.
Poucas pessoas prestaram atenção nessa pesquisa até há poucos anos quando, especialmente neste país, as pessoas começaram a ficar curiosas sobre o que acontece com os cérebros dos jogadores de futebol que batem suas cabeças repetidamente.
E talvez o pica-pau esteja relacionado a isso.
Houve um artigo publicado no periódico médico The Lancet na Inglaterra há alguns anos chamado "Um homem que espetou o dedo e ficou cheirando podre por 5 anos." A dra. Caroline Mills e sua equipe atenderam esse paciente e não sabiam o que fazer com ele. O homem tinha um corte no dedo, ele trabalhava no processamento de frangos, e então começou a cheirar muito, muito mal. Tão mal que quando entrava na sala com médicos e enfermeiras, eles não conseguiam ficar junto com ele na sala. Era insuportável. Eles tentaram todo tipo de droga, todos os tratamentos que conheciam. Depois de um ano, ele ainda cheirava podre. Depois de dois anos, ainda cheirava podre. Três anos, quatro anos, ainda cheirando podre. Depois de cinco anos, o cheiro foi embora sozinho. É um mistério.
Na Nova Zelândia, a dra. Lianne Parkin e sua equipe testaram uma antiga tradição de sua cidade. Eles moram numa cidade com enormes colinas, como as de São Francisco. E no inverno fica muito frio lá e cheio de gelo. Acontecem muitos acidentes. A tradição que eles testaram, eles testaram pedindo às pessoas que estavam a caminho do trabalho de manhã, que parassem e testassem uma coisa. Tentar uma de duas condições. A tradição é que no inverno, nessa cidade, usam-se as meias por fora das botas.
E o que descobriram experimentando, e foi bem explícito quando viram, foi que é realmente verdade. Que se você usar as meias por fora em vez de por dentro, tem muito mais chances de sobreviver e não escorregar e cair.
Bem, espero que vocês concordem comigo que essas coisas que acabei de descrever a vocês, cada uma delas merece um tipo de prêmio.
(Risos)
E foi isso que elas conseguiram, cada uma delas ganhou um prêmio Ig Nobel. Em 1991, eu junto com um monte de outras pessoas, iniciamos a cerimônia do prêmio Ig Nobel. Todo ano nós distribuímos 10 prêmios.
Os prêmios baseiam-se em um só critério. É muito simples. É que você tenha criado algo que faça as pessoas rir, e então pensar.
O que você fez faz as pessoas rir, e então pensar.
O que quer que seja, tem alguma coisa que ao ser encontrada pela primeira vez, a única reação possível é rir. E uma semana depois, ainda está na cabeça e tudo o que querem fazer é contar para seus amigos. Essa é a qualidade que buscamos.
Todo ano, nós chegamos próximos de 9 mil indicações para o prêmio Ig Nobel. Dessas, consistentemente entre 10% e 20% dessas indicações são pessoas que indicam a si mesmas. Os autoindicados nunca vencem. É muito difícil, numericamente, ganhar um prêmio se você quiser. Até mesmo se não quiser, é muito difícil numericamente. É preciso saber que quando escolhemos alguém para ganhar um prêmio Ig Nobel, nós contactamos a pessoa discretamente. Nós oferecemos a chance de recusar essa grande honra se elas quiserem. Felizmente para nós, quase todos a que já oferecemos o prêmio decidiram aceitar.
O que você recebe se ganhar um prêmio Ig Nobel? Bem, você recebe várias coisas. Você recebe o prêmio Ig Nobel. O design é diferente todo ano e são sempre feitos à mão com materiais extremamente baratos. Aqui vocês veem uma imagem do prêmios que entregamos no ano passado, 2013. A maioria dos prêmios também oferecem aos vencedores uma quantia em dinheiro. Nós não temos dinheiro, Então não podemos oferecê-lo. Inclusive, os ganhadores têm que pagar sua própria viagem para vir à cerimônia do Ig Nobel, o que a maioria faz. No ano passado, nós até conseguimos juntar um pouco de dinheiro. No ano passado, cada um dos 10 ganhadores do prêmio Ig Nobel recebeu de nós 10 trilhões de dólares. Uma nota de 10 trilhões de dólares zimbabuenses.
(Risos)
Talvez vocês lembrem que o Zimbábue passou por uma aventura há alguns anos com a inflação. eles acabaram imprimindo notas com valores na casa dos 100 trilhões de dólares. O homem responsável, gestor do banco nacional, por acaso, ganhou o prêmio Ig Nobel em matemática.
Outra coisa que você recebe é um convite para vir à cerimônia, que acontece na Universidade de Harvard. E quando você chega, vai ao maior ponto de encontro e sala de aula de Harvard. Lá cabem 1.100 pessoas, fica lotado, e no palco, esperando para apertar sua mão, esperando para entregar-lhe seu prêmio Ig Nobel, está um monte de ganhadores do prêmio Nobel.
Esse é o coração da cerimônia. Os ganhadores são mantidos em segredo até esse momento. Mesmo os ganhadores do Nobel que vão apertar suas mãos não sabem quem eles são antes de serem anunciados.
Vou contar-lhes de alguns outros prêmios relacionados à medicina que já entregamos. Tenham em mente, nós já entregamos 230 prêmios. Muitas dessas pessoas estão entre vocês. Talvez vocês mesmos tenham ganho algum. Um artigo foi publicado há cerca de 30 anos chamado "Ferimentos causados por Cocos em Queda". Foi escrito pelo dr. Peter Barss, que é canadense. O dr. Barss veio à cerimônia e explicou que no início de sua carreira, ele queria conhecer o mundo. E ele foi para a Papua-Nova Guiné. Chegando lá, ele foi trabalhar num hospital e ficou curioso sobre que tipos de coisas aconteciam às pessoas para elas irem ao hospital. Ele analisou os registros e descobriu que um grande número de pessoas naquele hospital estavam lá por causa de ferimentos causados por cocos em queda. Uma coisa típica que acontece é que as pessoas vêm das montanhas, onde não há tantos coqueiros, para a costa visitar seus parentes, onde há muitos coqueiros.
E elas pensam que sob o coqueiro é um ótimo lugar para ficar, talvez deitar-se.
Um coqueiro de 27 metros, com cocos que pesam um quilo que podem despencar a qualquer momento.
Uma equipe de médicas na Europa publicou uma série de artigos sobre colonoscopias. Vocês todos conhecem uma colonoscopia, de um jeito ou de outro. Ou em alguns casos, de um jeito e de outro. Nesses artigos, eles explicaram aos colegas médicos que realizam colonoscopias, como minimizar as chances, durante a realização de uma colonoscopia, de que seu paciente exploda. (Risos) O dr. Emmanuel Ben-Soussan um dos autores, pegou um avião de Paris para a cerimônia, onde ele explicou essa história, Que nos anos 50, quando colonoscopias estavam se tornando uma técnica comum, as pessoas ainda estavam aprendendo como fazê-las bem. E havia algumas dificuldades a princípio. Basicamente, e tenho certeza que vocês todos sabem disso, o problema é que você está analisando um lugar comprido, estreito e escuro. E assim, você quer um espaço maior. Você adiciona um pouco de gás para inflá-lo para que tenha espaço para olhar. Agora, isso se junta com o gás, o gás metano, que já está lá. o gás usado a princípio, em muitos casos, era oxigênio. Então adicionavam oxigênio ao gás metano. E então queriam poder ver, precisavam de luz, e colocavam uma fonte de luz, que nos anos 50 era muito quente. E assim, tinha-se gás metano, que é inflamável, oxigênio e calor. Eles pararam de usar oxigênio bem rápido.
(Risos)
Agora é raro que os pacientes explodam, mas ainda acontece.
A última coisa que eu queria contar-lhes é de um prêmio que entregamos à dra. Elena Bodnar.
A dra. Elena Bodnar inventou um sutiã que em caso de emergência pode ser rapidamente transformado em um par de máscaras faciais protetoras.
Uma para salvar a sua vida, outra para salvar a vida de algum sortudo próximo.
(Risos)
Por que alguém faria isso, vocês imaginam. A dra. Bodnar veio à cerimônia e ela explicou que cresceu na Ucrânia. ela era um dos médicos que tratava as vítimas do desastre de Chernobyl. E mais tarde foi descoberto que vários dos piores problemas médicos vinham das partículas que as pessoas inspiravam. E ela sempre pensava em como construir uma máscara simples que estivesse disponível em qualquer lugar quando acontecesse o inesperado. Anos mais tarde, ela se mudou para os EUA. Ela teve um bebê. Um dia ela olhou, e no chão, seu filho havia pegado seu sutiã, e tinha colocado em seu rosto. E foi daí que veio a ideia. Ela veio à cerimônia do Ig Nobel com o primeiro protótipo do sutiã e ela demonstrou:
(Risos)
(Aplausos)
["Paul Krugman, ganhador do Nobel (2008) de economia"] ["Wolfgang Ketterle, ganhador do Nobel (2001) de física"]
Paul Krugman, ganhador do Nobel de economia de 2008, testando o sutiã da ganhadora do Ig Nobel |
(Risos)
É meu sutiã favorito, mas eu ficaria feliz em compartilhá-lo com você, se fosse necessário.
Obrigado.
(Aplausos)
Fonte: TED
[Via BBA]