Documentário feito por pai e filho, fala da participação dos EUA no Golpe Militar de 1964. Sabe aqueles fatos sobre os quais temos a impress...
Documentário feito por pai e filho, fala da participação dos EUA no Golpe Militar de 1964.
Sabe aqueles fatos sobre os quais temos a impressão que saberemos a verdade um dia? Como o Caso Roswell ou a final da Copa de 1998? Bem, sobre a interferência dos EUA durante o Golpe de 1964 podemos dar uma boa olhada no buraco da fechadura da caixa preta. E se aqui a comissão da verdade não consegue apurar a história, podemos usar um olhar de fora para dentro e enxergar nossa história, a partir da ótica de um país cuja democracia é mais madura e um valor que a sociedade sempre reafirma. Embora acreditem que ditadura nos olhos dos outros seja refresco.
Em meio a essa crise de representatividade política, vale recordar que essa "instabilidade" atual pode assanhar aqueles que um dia apoiaram o regime de força. Cabe aos jovens manifestantes de hoje terem um pé na Terra e saber que as gerações anteriores deram sangue, suor e lágrimas, em proporções diversas, para que a turma do Facebook pudesse ter o direito aparentemente banal de se reunir, de protestar, de dizer o que pensa.
O jogo foi pesado, com deslocamento de frota para Santos e compra de parlamentares.
Jô Soares elogia o documentário O dia que durou 21 anos.
Mas como todo direito, é importante não abusar dele. É sábio. Sabedoria essa que só advém com o tempo ou com o aprendizado dos erros (e acertos) do passado. Assim, filmes históricos como esse e o documentário Reparação, devem estar na mochila e na mente do manifestante consciente.
Não para temer, mas, sobretudo, para avançar.
"O dia que durou 21 anos" foi possível graças a abertura dos arquivos secretos, em 2004, com gravações de conversas reservadas em Washington durante aquele período. Flávio Tavares, jornalista exilado que foi um dos trocados pelo embaixador americano Charles Burke Elbrick, sequestrado em 1969, e seu filho Camilo Tavares, nascido no exílio, e que só pode entrar no país com oito anos de idade, introduziram as falas de políticos americanos, como John Kennedy, no filme montando um mosaico audiovisual que exibe com muita clareza a importância norte-americana na derrubada de João Goulart e na implantação do regime militar no Brasil.
A jornalista Miriam Leitão, entrevistou ambos em seu programa na Globo News e vale a pena ouvir pelo menos parte da conversa.
Entrevista de Camilo Tavares ao programa Metrópolis
[Via BBA]
Sabe aqueles fatos sobre os quais temos a impressão que saberemos a verdade um dia? Como o Caso Roswell ou a final da Copa de 1998? Bem, sobre a interferência dos EUA durante o Golpe de 1964 podemos dar uma boa olhada no buraco da fechadura da caixa preta. E se aqui a comissão da verdade não consegue apurar a história, podemos usar um olhar de fora para dentro e enxergar nossa história, a partir da ótica de um país cuja democracia é mais madura e um valor que a sociedade sempre reafirma. Embora acreditem que ditadura nos olhos dos outros seja refresco.
Em meio a essa crise de representatividade política, vale recordar que essa "instabilidade" atual pode assanhar aqueles que um dia apoiaram o regime de força. Cabe aos jovens manifestantes de hoje terem um pé na Terra e saber que as gerações anteriores deram sangue, suor e lágrimas, em proporções diversas, para que a turma do Facebook pudesse ter o direito aparentemente banal de se reunir, de protestar, de dizer o que pensa.
O jogo foi pesado, com deslocamento de frota para Santos e compra de parlamentares.
Mas como todo direito, é importante não abusar dele. É sábio. Sabedoria essa que só advém com o tempo ou com o aprendizado dos erros (e acertos) do passado. Assim, filmes históricos como esse e o documentário Reparação, devem estar na mochila e na mente do manifestante consciente.
Não para temer, mas, sobretudo, para avançar.
"O dia que durou 21 anos" foi possível graças a abertura dos arquivos secretos, em 2004, com gravações de conversas reservadas em Washington durante aquele período. Flávio Tavares, jornalista exilado que foi um dos trocados pelo embaixador americano Charles Burke Elbrick, sequestrado em 1969, e seu filho Camilo Tavares, nascido no exílio, e que só pode entrar no país com oito anos de idade, introduziram as falas de políticos americanos, como John Kennedy, no filme montando um mosaico audiovisual que exibe com muita clareza a importância norte-americana na derrubada de João Goulart e na implantação do regime militar no Brasil.
A jornalista Miriam Leitão, entrevistou ambos em seu programa na Globo News e vale a pena ouvir pelo menos parte da conversa.
[Via BBA]