Publicação de telegrama datado de dezembro de 2009, quando Serra estava na frente de Dilma na disputa presidencial, revelou negociação entre...
Publicação de telegrama datado de dezembro de 2009, quando Serra estava na frente de Dilma na disputa presidencial, revelou negociação entre uma petrolífera dos EUA e o ex-candidato à presidência.
A Chevron chegou a ouvir do então pré-candidato favorito à Presidência, José Serra (PSDB), quando estava à frente da presidente eleita, Dilma Rousseff, a promessa de que a regra seria alterada caso ele vencesse. A revelação está em um telegrama diplomático dos EUA, datado de dezembro de 2009, e vazado pelo site WikiLeaks.
"Deixa esses caras (do PT) fazerem o que eles quiserem. As rodadas de licitações não vão acontecer, e aí nós vamos mostrar a todos que o modelo antigo funcionava… E nós mudaremos de volta", disse Serra a Patricia Pradal, diretora de Desenvolvimento de Negócios e Relações com o Governo da petroleira norte-americana Chevron, segundo relato do telegrama.
Segundo o Jornal Correio do Brasil, o despacho relata a frustração das petrolíferas com a falta de empenho da oposição em tentar derrubar a proposta do governo brasileiro. O texto diz que Serra se opõe ao projeto, mas não tem “senso de urgência”. Questionado sobre o que as petroleiras fariam nesse meio tempo, Serra respondeu, sempre segundo o relato: “Vocês vão e voltam”.
A executiva da Chevron relatou a conversa com Serra ao representante de economia do consulado dos EUA no Rio. O cônsul Dennis Hearne repassou as informações no despacho "A indústria do petróleo conseguirá derrubar a lei do pré-sal?" (CAN THE OIL INDUSTRY BEAT BACK THE PRE-SALT LAW? - Wikileaks).
Na opinião desse blogueiro nacionalista que vos escreve (ciente de que até os nazi-fascistas eram nacionalista, o que não confere nenhuma sabedoria sobrenatural à minha persona) não é o caso de acusarmos o Serra de traidor como já vi alguns tuiteiros e blogueiros fazerem.
Mas sim de refletirmos se o modelo de exploração da telefonia e das agências, como a ANAC ou ANATEL, serviriam para esse produto tão estratégico e que teria condições de catapultar o país para a companhia das nações que "tocam o tambor" nas relações internacionais.
É uma questão de, monteirolobatamente, projetarmos que tipo de herança queremos deixar para as gerações vindouras. Que serão as que usufruirão das decisões políticas, econômicas e ambientais desse momento que vivemos.
O governo alterou o modelo de exploração que desde 1997 era baseado em concessões, obrigando a partilha da produção das novas reservas. A Petrobras tem de ser parceira em todos os consórcios de exploração e é operadora exclusiva dos campos. A Câmara dos Deputados aprovou o projeto em dezembro de 2010.
Ainda segundo o Correio do Brasil, O diário conservador paulistano Folha de S. Paulo teve acesso e divulgou os seis telegramas do consulado dos EUA no Rio sobre a descoberta da reserva de petróleo, obtidos pelo WikiLeaks. Datados entre janeiro de 2008 e dezembro de 2009, mostram a preocupação da diplomacia dos EUA com as novas regras. O crescente papel da Petrobras como “operadora chefe” também é relatado com preocupação.
O consulado também avaliava, em 15 de abril de 2008, que as descobertas de petróleo e o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) poderiam “turbinar” a candidatura de Dilma Rousseff, então ministra da Casa Civil. O consulado cita que o Brasil se tornará um “player” importante no mercado de energia internacional. Em outro telegrama, de 27 de agosto de 2009, a executiva da Chevron comenta que uma nova estatal deve ser criada para gerir a nova reserva porque “o PMDB precisa de uma companhia”.
U.S. 4th Fleet (Quarta Frota da marinha Americana): "Não podia ter vindo em pior hora." Depende do referencial adotado.
Texto de 30 de junho de 2008 diz que a reativação da Quarta Frota da Marinha dos EUA, na época da descoberta do pré-sal, causou reação nacionalista. A frota é destinada a agir no Atlântico Sul, área de influência brasileira.
De acordo com a Folha, José Serra nega afirmação: "Isso não faz sentido"
José Serra negou ter feito as afirmações a ele atribuídas no telegrama. "Nunca recebi empresas individualmente, portanto, não recebi esta representante [Patricia Pradal, diretora da petroleira Chevron]", disse ele, por meio de sua assessoria. "Não falei isso porque não faz sentido, alguém vendeu 'mercadoria falsa'.
O modelo que vigorava naquela época era o modelo anterior. Isso [o teor do telegrama] não faz sentido. Além disso, o relato não corresponde ao meu modo de falar. É um estilo que não é o meu".
Fonte: Folha.com
Você não ouviu falar disso? É por que não saiu na TV Globo. Pois, como no caso do filho bastardo do FHC, a Globo parece ter muito escrúpulo antes de colocar no ar notícias que possam ser "mal interpretadas" pela população.
Só que, em tempo de Wikileaks, essa "estratégia" pode ser um tiro no pé de um veículo que queira ser um formador opinião confiável.
A Chevron chegou a ouvir do então pré-candidato favorito à Presidência, José Serra (PSDB), quando estava à frente da presidente eleita, Dilma Rousseff, a promessa de que a regra seria alterada caso ele vencesse. A revelação está em um telegrama diplomático dos EUA, datado de dezembro de 2009, e vazado pelo site WikiLeaks.
Deixa esses caras (do PT) fazerem o que eles quiserem. As rodadas de licitações não vão acontecer, e aí nós vamos mostrar a todos que o modelo antigo funcionava… E nós mudaremos de volta.
José Serra. Candidato do PSDB à sucessão presidencial
"Deixa esses caras (do PT) fazerem o que eles quiserem. As rodadas de licitações não vão acontecer, e aí nós vamos mostrar a todos que o modelo antigo funcionava… E nós mudaremos de volta", disse Serra a Patricia Pradal, diretora de Desenvolvimento de Negócios e Relações com o Governo da petroleira norte-americana Chevron, segundo relato do telegrama.
Vocês vão e voltam.
José Serra
Segundo o Jornal Correio do Brasil, o despacho relata a frustração das petrolíferas com a falta de empenho da oposição em tentar derrubar a proposta do governo brasileiro. O texto diz que Serra se opõe ao projeto, mas não tem “senso de urgência”. Questionado sobre o que as petroleiras fariam nesse meio tempo, Serra respondeu, sempre segundo o relato: “Vocês vão e voltam”.
A executiva da Chevron relatou a conversa com Serra ao representante de economia do consulado dos EUA no Rio. O cônsul Dennis Hearne repassou as informações no despacho "A indústria do petróleo conseguirá derrubar a lei do pré-sal?" (CAN THE OIL INDUSTRY BEAT BACK THE PRE-SALT LAW? - Wikileaks).
Na opinião desse blogueiro nacionalista que vos escreve (ciente de que até os nazi-fascistas eram nacionalista, o que não confere nenhuma sabedoria sobrenatural à minha persona) não é o caso de acusarmos o Serra de traidor como já vi alguns tuiteiros e blogueiros fazerem.
Mas sim de refletirmos se o modelo de exploração da telefonia e das agências, como a ANAC ou ANATEL, serviriam para esse produto tão estratégico e que teria condições de catapultar o país para a companhia das nações que "tocam o tambor" nas relações internacionais.
É uma questão de, monteirolobatamente, projetarmos que tipo de herança queremos deixar para as gerações vindouras. Que serão as que usufruirão das decisões políticas, econômicas e ambientais desse momento que vivemos.
O governo alterou o modelo de exploração que desde 1997 era baseado em concessões, obrigando a partilha da produção das novas reservas. A Petrobras tem de ser parceira em todos os consórcios de exploração e é operadora exclusiva dos campos. A Câmara dos Deputados aprovou o projeto em dezembro de 2010.
Ainda segundo o Correio do Brasil, O diário conservador paulistano Folha de S. Paulo teve acesso e divulgou os seis telegramas do consulado dos EUA no Rio sobre a descoberta da reserva de petróleo, obtidos pelo WikiLeaks. Datados entre janeiro de 2008 e dezembro de 2009, mostram a preocupação da diplomacia dos EUA com as novas regras. O crescente papel da Petrobras como “operadora chefe” também é relatado com preocupação.
O consulado também avaliava, em 15 de abril de 2008, que as descobertas de petróleo e o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) poderiam “turbinar” a candidatura de Dilma Rousseff, então ministra da Casa Civil. O consulado cita que o Brasil se tornará um “player” importante no mercado de energia internacional. Em outro telegrama, de 27 de agosto de 2009, a executiva da Chevron comenta que uma nova estatal deve ser criada para gerir a nova reserva porque “o PMDB precisa de uma companhia”.
Texto de 30 de junho de 2008 diz que a reativação da Quarta Frota da Marinha dos EUA, na época da descoberta do pré-sal, causou reação nacionalista. A frota é destinada a agir no Atlântico Sul, área de influência brasileira.
De acordo com a Folha, José Serra nega afirmação: "Isso não faz sentido"
José Serra negou ter feito as afirmações a ele atribuídas no telegrama. "Nunca recebi empresas individualmente, portanto, não recebi esta representante [Patricia Pradal, diretora da petroleira Chevron]", disse ele, por meio de sua assessoria. "Não falei isso porque não faz sentido, alguém vendeu 'mercadoria falsa'.
O modelo que vigorava naquela época era o modelo anterior. Isso [o teor do telegrama] não faz sentido. Além disso, o relato não corresponde ao meu modo de falar. É um estilo que não é o meu".
Você não ouviu falar disso? É por que não saiu na TV Globo. Pois, como no caso do filho bastardo do FHC, a Globo parece ter muito escrúpulo antes de colocar no ar notícias que possam ser "mal interpretadas" pela população.
Só que, em tempo de Wikileaks, essa "estratégia" pode ser um tiro no pé de um veículo que queira ser um formador opinião confiável.