Já vimos essa cena em filmes: Após andarem perdidos por horas em uma floresta ou na neve os indivíduos são surpreendidos ao verem pegadas, s...
Já vimos essa cena em filmes: Após andarem perdidos por horas em uma floresta ou na neve os indivíduos são surpreendidos ao verem pegadas, só para se darem conta de que são suas próprias pegadas.
Quem não está familiarizado com o tema pode pensar lá no íntimo: "Mas que idiotas!" Mas nesse caso, é melhor pensar duas vezes.
O fato é que quando não temos referências visuais temos a tendência a andarmos em círculos. Pode parecer estranho, mas nessas condições é extremamente difícil andar em linha reta.
O pesquisador Jan Souman no artigo Walking Straight into Circles (Andando em Linha Reta em Círculos, em tradução livre), em que ele é co-autor, investigou o caso.
Levando colaboradores para fazerem caminhadas na floresta Bienwald, Alemanha, (figura A) e no deserto do Saara, na Tunísia (figura B) Jan e sua equipe mostraram que quando o sol (cujo azimute em relação ao voluntário é representado pelas setas) ou a lua (trajetória azul na figura B) estavam visíveis, os voluntários até conseguiam manter uma trajetória quase retilínea.
Porém, ao perder de vista esse referenciais, devido às condições climáticas (trajetórias em azul), os cobaias andavam em círculos surpreendemente pequenos, com diâmetros menores que 20 metros.
O prisioneiro alemão Clemens Forell, que escapou em 1949 de uma prisão na Sibéria, experimentou o fenômeno nas piores condições, como mostrado no filme O Mais Longe que Meus Pés Possam Me Levar.
A razão para que isso aconteça ainda é um mistério. Hipóteses como predominância de um lado, como ocorre com os destros e canhotos, ou membro mais curto só de um lado ou uma perna mais forte que a outra são possibilidades que não foram comprovadas na prática.
Atualmente Jan trabalha em uma teoria multi-causal para explicar o fenômeno.
A seguir, uma ótima animação sobre o tema (em inglês).
Relatos como o caso de três indivíduos que saíram pela porta da frente de um celeiro, em um dia com névoa espessa, e acabaram entrando pela porta do fundo pensando que andavam em linha reta mostra porque o fenômeno intriga os cientistas
Via npr
Quem não está familiarizado com o tema pode pensar lá no íntimo: "Mas que idiotas!" Mas nesse caso, é melhor pensar duas vezes.
O fato é que quando não temos referências visuais temos a tendência a andarmos em círculos. Pode parecer estranho, mas nessas condições é extremamente difícil andar em linha reta.
O pesquisador Jan Souman no artigo Walking Straight into Circles (Andando em Linha Reta em Círculos, em tradução livre), em que ele é co-autor, investigou o caso.
Levando colaboradores para fazerem caminhadas na floresta Bienwald, Alemanha, (figura A) e no deserto do Saara, na Tunísia (figura B) Jan e sua equipe mostraram que quando o sol (cujo azimute em relação ao voluntário é representado pelas setas) ou a lua (trajetória azul na figura B) estavam visíveis, os voluntários até conseguiam manter uma trajetória quase retilínea.
Porém, ao perder de vista esse referenciais, devido às condições climáticas (trajetórias em azul), os cobaias andavam em círculos surpreendemente pequenos, com diâmetros menores que 20 metros.
O prisioneiro alemão Clemens Forell, que escapou em 1949 de uma prisão na Sibéria, experimentou o fenômeno nas piores condições, como mostrado no filme O Mais Longe que Meus Pés Possam Me Levar.
A razão para que isso aconteça ainda é um mistério. Hipóteses como predominância de um lado, como ocorre com os destros e canhotos, ou membro mais curto só de um lado ou uma perna mais forte que a outra são possibilidades que não foram comprovadas na prática.
Atualmente Jan trabalha em uma teoria multi-causal para explicar o fenômeno.
A seguir, uma ótima animação sobre o tema (em inglês).
Relatos como o caso de três indivíduos que saíram pela porta da frente de um celeiro, em um dia com névoa espessa, e acabaram entrando pela porta do fundo pensando que andavam em linha reta mostra porque o fenômeno intriga os cientistas
Via npr