Em novembro do ano passado, a prestigiosa Universidade Harvard anunciou ter obtido a cura de um melanoma em ratos a partir de um implante so...
Em novembro do ano passado, a prestigiosa Universidade Harvard anunciou ter obtido a cura de um melanoma em ratos a partir de um implante sob a pele. Uma vacina para o câncer.
Divulgado pela revista Science Translational Medicine em 25 de novembro de 2009, o estudo parecia promissor.
Os cientistas implantaram sob a pele pequenos discos plásticos impregnados com antígenos específicos que reprogramam o sistema imunológico para atacar os tumores.
Esses implantes de 8,5 mm de diâmetro possuem poros que são permeáveis às células imunológicas e liberam citocinas, que reúnem os mensageiros do sistema imunológico, chamados células dendríticas.
Uma vez dentro do implante, as dendríticas ficam expostas aos antígenos específicos do tumor. As dendríticas dirigem as células T, um tipo de linfócitos, para localizar e eliminar os tumores.
O Jornal Nacional noticiou a descoberta dizendo que os cientistas pretendiam avançar nos estudos dessa nova abordagem para iniciar testes com pacientes neste ano. Então, se tudo desse certo, desenvolver uma vacina para humanos.
A questão que fica é: Onde está a cura? Como estão os testes?
Alguém sabe de algo? Algo que dê novas esperanças a pacientes que não estão mais respondendo a outras formas de tratamento. Ou mesmo que só conseguiriam extirpar a moléstia caso fosse retirado uma grande porção de tecidos e órgãos.
A minha preocupação é que esse tipo de descoberta desagrada grupos econômicos poderosos que fariam de tudo para impedir esse tipo de pesquisa (o tipo de conduta que merecia, essa sim, a pena de morte. Como só recebe a pena capital quem mata um aqui e outro ali, enquanto os genocidas de colarinho branco ficam impunes, acho injusto a existência dessa pena. >-( )
Tais grupos ganham fortunas vendendo drogas a um custo altíssimo.
Nossos caros candidatos a presidente no segundo turno podiam discutir mais esse tipo de questão: Como acelerar a pesquisa desse tipo de terapia?
Dilma fala sobre o linfoma entre os médicos do Hospital Sírio Libanês. (Como? Não tem uma foto do Serra também? Sorte dele.)
É melhor do que ficar levantando temas como o aborto, que deveria ser discutido e regulado pelo Congresso Nacional. Além de ser tratado como problema de saúde pública.
Minha posição é clara. Sou contra (quer mais claro do que isso?) Mas quanto a descriminalização sou a favor, ainda que possa ter algumas condições na lei em questão, o fato é que a moçada está realizando o aborto nas piores condições possíveis e longe do alcance dos cuidados médicos adequados. O aborto como crime é, de fato, uma lei que não colou.
Nossa candidata feminina, Dilma, que já padeceu com o tratamento de um tumor, sabe o quanto isso é importante e inacessível para a população.
Ela possuía um linfoma, tumor no sistema linfático, que foi localizado em um check-up de rotina e retirado logo no estágio inicial. Ainda assim, fez quimioterapia durante 4 meses onde medicamentos eram administrados por meio de um cateter, denominado “porth cath”, que ficava fixo implantado na altura da clavícula para acessar uma veia mais calibrosa, capaz de suportar a injeção do medicamento.
A cura do câncer é uma bandeira que tinha tudo para a candidata aderir. Já que ela esteve pessoalmente envolvida na lida contra o mal.
Já o Serra, que assinou a portaria que autorizava o aborto em caso de estupro, também poderia se empenhar para que esse estudo fosse levado até o fim. Talvez ele tenha condição, na pouca possibilidade dele ganhar a eleição, de acelerar a pesquisa pela cura dessa moléstia que ainda desafia a ciência.
Representaria uma enorme economia para os cofres públicos, e não seria novidade, uma vez que Serra já havia enfrentado os grandes laboratórios uma vez quando instituiu os medicamentos genéricos.
Ambos sabem que esse discussão sobre o aborto empobrece o debate da política que de fato conduzirá o país, deixando o eleitorado religioso mais fundamentalista manipular e ser manipulado pelos presidenciáveis.
Enquanto isso não sabemos como será a política tributária, previdenciária, infraestrutura, educação, transporte, moradia, segurança... :-P
Por isso, não vou votar no político que for contra o aborto (isso é problema dele), prometo votar no candidato que curar o câncer. Esse conquistará definitivamente meu voto. Quem será capaz?
Fonte: Harvard Gazette, G1
Divulgado pela revista Science Translational Medicine em 25 de novembro de 2009, o estudo parecia promissor.
Os cientistas implantaram sob a pele pequenos discos plásticos impregnados com antígenos específicos que reprogramam o sistema imunológico para atacar os tumores.
Esses implantes de 8,5 mm de diâmetro possuem poros que são permeáveis às células imunológicas e liberam citocinas, que reúnem os mensageiros do sistema imunológico, chamados células dendríticas.
Uma vez dentro do implante, as dendríticas ficam expostas aos antígenos específicos do tumor. As dendríticas dirigem as células T, um tipo de linfócitos, para localizar e eliminar os tumores.
O Jornal Nacional noticiou a descoberta dizendo que os cientistas pretendiam avançar nos estudos dessa nova abordagem para iniciar testes com pacientes neste ano. Então, se tudo desse certo, desenvolver uma vacina para humanos.
A questão que fica é: Onde está a cura? Como estão os testes?
Alguém sabe de algo? Algo que dê novas esperanças a pacientes que não estão mais respondendo a outras formas de tratamento. Ou mesmo que só conseguiriam extirpar a moléstia caso fosse retirado uma grande porção de tecidos e órgãos.
A minha preocupação é que esse tipo de descoberta desagrada grupos econômicos poderosos que fariam de tudo para impedir esse tipo de pesquisa (o tipo de conduta que merecia, essa sim, a pena de morte. Como só recebe a pena capital quem mata um aqui e outro ali, enquanto os genocidas de colarinho branco ficam impunes, acho injusto a existência dessa pena. >-( )
Tais grupos ganham fortunas vendendo drogas a um custo altíssimo.
Nossos caros candidatos a presidente no segundo turno podiam discutir mais esse tipo de questão: Como acelerar a pesquisa desse tipo de terapia?
Dilma fala sobre o linfoma entre os médicos do Hospital Sírio Libanês. (Como? Não tem uma foto do Serra também? Sorte dele.)
É melhor do que ficar levantando temas como o aborto, que deveria ser discutido e regulado pelo Congresso Nacional. Além de ser tratado como problema de saúde pública.
Minha posição é clara. Sou contra (quer mais claro do que isso?) Mas quanto a descriminalização sou a favor, ainda que possa ter algumas condições na lei em questão, o fato é que a moçada está realizando o aborto nas piores condições possíveis e longe do alcance dos cuidados médicos adequados. O aborto como crime é, de fato, uma lei que não colou.
Nossa candidata feminina, Dilma, que já padeceu com o tratamento de um tumor, sabe o quanto isso é importante e inacessível para a população.
Ela possuía um linfoma, tumor no sistema linfático, que foi localizado em um check-up de rotina e retirado logo no estágio inicial. Ainda assim, fez quimioterapia durante 4 meses onde medicamentos eram administrados por meio de um cateter, denominado “porth cath”, que ficava fixo implantado na altura da clavícula para acessar uma veia mais calibrosa, capaz de suportar a injeção do medicamento.
A cura do câncer é uma bandeira que tinha tudo para a candidata aderir. Já que ela esteve pessoalmente envolvida na lida contra o mal.
Já o Serra, que assinou a portaria que autorizava o aborto em caso de estupro, também poderia se empenhar para que esse estudo fosse levado até o fim. Talvez ele tenha condição, na pouca possibilidade dele ganhar a eleição, de acelerar a pesquisa pela cura dessa moléstia que ainda desafia a ciência.
Representaria uma enorme economia para os cofres públicos, e não seria novidade, uma vez que Serra já havia enfrentado os grandes laboratórios uma vez quando instituiu os medicamentos genéricos.
Ambos sabem que esse discussão sobre o aborto empobrece o debate da política que de fato conduzirá o país, deixando o eleitorado religioso mais fundamentalista manipular e ser manipulado pelos presidenciáveis.
Enquanto isso não sabemos como será a política tributária, previdenciária, infraestrutura, educação, transporte, moradia, segurança... :-P
Por isso, não vou votar no político que for contra o aborto (isso é problema dele), prometo votar no candidato que curar o câncer. Esse conquistará definitivamente meu voto. Quem será capaz?
Fonte: Harvard Gazette, G1