Estudo chinês afirma a ser o primeiro a documentar mortes causadas por nanopartículas. Cientistas chineses relatam que sete jovens chinesas ...
Estudo chinês afirma a ser o primeiro a documentar mortes causadas por nanopartículas.
Cientistas chineses relatam que sete jovens chinesas sofreram danos permanentes aos pulmões e duas delas morreram após trabalhar sem proteção, durante meses, em uma fábrica usando tintas que continham nanopartículas. Testes com ratos já haviam mostrado o risco das nanopartículas para os pulmões.
De acordo com Song e seus colegas é o diâmetro diminuto um dos fatores que levam aos efeitos deletérios para com a saúde, uma vez que essas nanopartículas podem penetrar as barreiras naturais do corpo, particularmente por contato com pele machucada ou por inalação ou mesmo por ingestão.
Um especialista do governo americano afirmou entretanto, que o estudo é mais uma demonstração de perigos ocupacionais do que uma evidência de que nanopartículas seriam mais perigosas que outras substâncias usados na atividade industrial.
Allen Chan, patologista da Universidade Chinesa de Hong Kong que não tomou parte no estudo, disse que o resultado é significativo, e que mostra que os trabalhadores precisam de proteção ao lidar com nanotecnologia.
O chefe do Gabinete Nacional de Coordenação de nanotecnologia dos EUA, Clayton Teague, chama atenção para o fato das mulheres afetadas trabalharem com uma pasta que continha nanopartículas numa sala pequena, não ventilada, e só faziam uso das máscaras de proteção ocasionalmente.
A nanotecnologia é uma tecnologia que lida com nanopartículas (e nanomáquinas compostas por nanopartículas) que medem de 1 a 100 nanômetros. Um nanômetro mede 10-9 metros ou um bilionésimo de um metro.
Devido às propriedades únicas de materiais que têm suas moléculas manipuladas nessa escala de grandeza, essa tecnologia é de grande importância no desenvolvimento de produtos da indústria de artigos esportivos, pneus, cosméticos, revestimentos entre outras. Estimativas apontam que esse mercado deverá movimentar cerca de US$ 1 trilhão até 2015.
Os pesquisadores relataram que as sete mulheres trabalharam de cinco a 13 meses na fábrica, jateando tinta em placas de poliestireno antes de começarem a apresentar dificuldades respiratórias e marcas vermelhas no rosto e nos braços.
Enquanto trabalhavam na fábrica, elas teriam inalado fumaça e vapores que continham nanopartículas .
De acordo com o artigo, médicos encontraram um excesso de fluido nas cavidades em torno dos pulmões e do coração das mulheres.
Além disso, o tecido pulmonar continha nanopartículas de cerca de 30 nanômetros de diâmetro, coincidindo com o material que autoridades sanitárias encontraram na empresa onde elas atuaram.
Song disse que duas das mulheres morreram depois de dois anos trabalhando na fábrica, e que as outras cinco não apresentaram melhora, embora não manipulem mais nanopartículas. E que uma vez que tenham penetrado nas células pulmonares é impossível remover esses materiais.
Fonte: Estadão
Cientistas chineses relatam que sete jovens chinesas sofreram danos permanentes aos pulmões e duas delas morreram após trabalhar sem proteção, durante meses, em uma fábrica usando tintas que continham nanopartículas. Testes com ratos já haviam mostrado o risco das nanopartículas para os pulmões.
Esses casos trazem a preocupação de que exposição prolongada às nanopartículas, sem medidas de proteção, possa estar relacionada a danos graves aos pulmões humanos.
Yuguo Song. Pesquisador do departamento de medicina ocupacional e toxicologia clínica do Hospital Chaoyang de Pequim. Em artigo no European Respiratory Journal.
De acordo com Song e seus colegas é o diâmetro diminuto um dos fatores que levam aos efeitos deletérios para com a saúde, uma vez que essas nanopartículas podem penetrar as barreiras naturais do corpo, particularmente por contato com pele machucada ou por inalação ou mesmo por ingestão.
Um especialista do governo americano afirmou entretanto, que o estudo é mais uma demonstração de perigos ocupacionais do que uma evidência de que nanopartículas seriam mais perigosas que outras substâncias usados na atividade industrial.
Allen Chan, patologista da Universidade Chinesa de Hong Kong que não tomou parte no estudo, disse que o resultado é significativo, e que mostra que os trabalhadores precisam de proteção ao lidar com nanotecnologia.
O chefe do Gabinete Nacional de Coordenação de nanotecnologia dos EUA, Clayton Teague, chama atenção para o fato das mulheres afetadas trabalharem com uma pasta que continha nanopartículas numa sala pequena, não ventilada, e só faziam uso das máscaras de proteção ocasionalmente.
Pelo que sabemos, essa tragédia poderia ter sido evitada com técnicas adequadas de higiene industrial.
Clayton Teague. Chefe do Gabinete Nacional de Coordenação de nanotecnologia dos Estados Unidos
A nanotecnologia é uma tecnologia que lida com nanopartículas (e nanomáquinas compostas por nanopartículas) que medem de 1 a 100 nanômetros. Um nanômetro mede 10-9 metros ou um bilionésimo de um metro.
Devido às propriedades únicas de materiais que têm suas moléculas manipuladas nessa escala de grandeza, essa tecnologia é de grande importância no desenvolvimento de produtos da indústria de artigos esportivos, pneus, cosméticos, revestimentos entre outras. Estimativas apontam que esse mercado deverá movimentar cerca de US$ 1 trilhão até 2015.
Os pesquisadores relataram que as sete mulheres trabalharam de cinco a 13 meses na fábrica, jateando tinta em placas de poliestireno antes de começarem a apresentar dificuldades respiratórias e marcas vermelhas no rosto e nos braços.
Enquanto trabalhavam na fábrica, elas teriam inalado fumaça e vapores que continham nanopartículas .
De acordo com o artigo, médicos encontraram um excesso de fluido nas cavidades em torno dos pulmões e do coração das mulheres.
Além disso, o tecido pulmonar continha nanopartículas de cerca de 30 nanômetros de diâmetro, coincidindo com o material que autoridades sanitárias encontraram na empresa onde elas atuaram.
Song disse que duas das mulheres morreram depois de dois anos trabalhando na fábrica, e que as outras cinco não apresentaram melhora, embora não manipulem mais nanopartículas. E que uma vez que tenham penetrado nas células pulmonares é impossível remover esses materiais.
Fonte: Estadão