Técnica permite investigar o interior de tecidos vivos combinando luz e ultrassom (e um algoritmo sofisticado). A nova técnica, denominada M...
Técnica permite investigar o interior de tecidos vivos combinando luz e ultrassom (e um algoritmo sofisticado).
A nova técnica, denominada MSOT - Multi-Spectral Opto-acoustic Tomography (tomografia optoacústica multiespectral) consiste em literalmente tornar a luz audível. O professor Vasilis Ntziachristos e seus colegas da Universidade de Munique, na Alemanha, injetaram pigmentos fluorescentes em um peixe e o iluminaram a partir de múltiplos ângulos usando flashes de laser com um comprimento de onda que são absorvido pelos pigmentos fluorescentes na cobaia.
Ao absorverem a luz, os pigmentos fluorescentes elevam ligeiramente a temperatura local expandindo volumétricamente pontos do tecido quase imperceptíveis. Isso ocorre muito rapidamente, criando pequenas ondas de choque, ou mais especificamente, ondas de ultrassom, que por sua vez podem ser capturadas com um microfone bastante sensível.
Todavia, o principal feito dos pesquisadores, contudo, está no algoritmo desenvolvido para analisar os padrões sonoros captados. Um software usa fórmulas matemáticas para interpretar as distorções causadas pelas escamas, ossos e pelos órgãos internos do peixe, gerando uma imagem 3D do interior do peixe, semelhante a tomografia tradicional.
A resolução da imagem obtida é superior a 40 micrômetros, cobrindo mais de 0,6 centímetro de profundidade. No caso do pequeno peixe, isso foi suficiente para gerar uma imagem 3-D de todo o interior do seu corpo.
A melhor notícia vai para o próprio peixe que serviu de cobaia. Pois ele estava apenas sedado, e após acordar não havia sofrido nenhum dano. O que demonstra que a técnica pode futuramente ser utilizada em humanos, como um exame de diagnóstico por imagem, tornando mais fácil investigar artérias e veias e monitorar o desenvolvimento de tumores.
Para os que desejam o sacrifício de milhões de animais anualmente para serem usados em experiências essa técnica promete ser revolucionária.
O desenvolvimento de novos medicamentos também terá muito a ganhar, uma vez que os efeitos moleculares dos fármacos poderão ser observados nos mesmos animais a longo prazo, durante toda a sua vida. O que certamente contribuirá para melhorar o relato das reações adversas dos fármacos.
Fonte: Inovação Tecnológica
A nova técnica, denominada MSOT - Multi-Spectral Opto-acoustic Tomography (tomografia optoacústica multiespectral) consiste em literalmente tornar a luz audível. O professor Vasilis Ntziachristos e seus colegas da Universidade de Munique, na Alemanha, injetaram pigmentos fluorescentes em um peixe e o iluminaram a partir de múltiplos ângulos usando flashes de laser com um comprimento de onda que são absorvido pelos pigmentos fluorescentes na cobaia.
Ao absorverem a luz, os pigmentos fluorescentes elevam ligeiramente a temperatura local expandindo volumétricamente pontos do tecido quase imperceptíveis. Isso ocorre muito rapidamente, criando pequenas ondas de choque, ou mais especificamente, ondas de ultrassom, que por sua vez podem ser capturadas com um microfone bastante sensível.
Todavia, o principal feito dos pesquisadores, contudo, está no algoritmo desenvolvido para analisar os padrões sonoros captados. Um software usa fórmulas matemáticas para interpretar as distorções causadas pelas escamas, ossos e pelos órgãos internos do peixe, gerando uma imagem 3D do interior do peixe, semelhante a tomografia tradicional.
A resolução da imagem obtida é superior a 40 micrômetros, cobrindo mais de 0,6 centímetro de profundidade. No caso do pequeno peixe, isso foi suficiente para gerar uma imagem 3-D de todo o interior do seu corpo.
A melhor notícia vai para o próprio peixe que serviu de cobaia. Pois ele estava apenas sedado, e após acordar não havia sofrido nenhum dano. O que demonstra que a técnica pode futuramente ser utilizada em humanos, como um exame de diagnóstico por imagem, tornando mais fácil investigar artérias e veias e monitorar o desenvolvimento de tumores.
Para os que desejam o sacrifício de milhões de animais anualmente para serem usados em experiências essa técnica promete ser revolucionária.
Pela primeira vez, os biólogos serão capazes de acompanhar opticamente o desenvolvimento de órgãos, as funções celulares e a expressão genética até vários centímetros de profundidade nos tecidos. Isto abre as portas para um universo totalmente novo de pesquisas.
Dr. Daniel Razansky. Um dos participantes da pesquisa.
O desenvolvimento de novos medicamentos também terá muito a ganhar, uma vez que os efeitos moleculares dos fármacos poderão ser observados nos mesmos animais a longo prazo, durante toda a sua vida. O que certamente contribuirá para melhorar o relato das reações adversas dos fármacos.
Fonte: Inovação Tecnológica