O Laboratório Nacional de Los Alamos, aquele que criou a primeira bomba nuclear na segunda guerra, deu uma turbinada no ex-campeão RoadRunne...
O Laboratório Nacional de Los Alamos, aquele que criou a primeira bomba nuclear na segunda guerra, deu uma turbinada no ex-campeão RoadRunner (papa-léguas) e conseguiu o segundo supercomputador a superar a marca de um petaflop.
O antigo RoadRunner já figou na lista dos Top 500 supercomputadores do mundo mas já estava ficando obsoleto e com um alto custo de manutenção. Assim, os cientistas de Los Alamos dão uma repaginada no seu papa-léguas digital a cada quatro ou cinco anos.
Um dos maiores problemas enfrentados pelos projetistas é que antes a velocidade de acesso a memória era sempre maior do que o tempo de processamento. Agora os processadores conseguiam processar mais rápido do que o tempo de busca de dados na memória, o que fez com que soluções tradicionais para aumentar a performance de supercomputadores, como incrementar o clock do processador e miniaturizar circuitos, não funcionariam mais.
Desta vez, a estratégia foi buscar no mercado o que havia de mais eficiente em termos de processador e se depararam com o Cell, microprocessador de 9 núcleos desenvolvido em conjunto pela IBM, Sony e Toshiba para equipar o console PlayStation 3 (PS3).
Em uma versão especialmente desenvolvida para o RoadRunner (o PowerXCell 8i), o chip iria compor cada nó do supercomputador em conjunto com microprocessadores AMD Opteron dual-core aumentando a performance deste em 25 vezes.
O Opteron possui dois núcleos, e cada um de seus núcleos seria ligado a um chip Cell "melhorado" (que pode acessar mais memória e fazer cálculos aritméticos com dupla precisão mais rápido do que o chip original do PS3).
O RoadRunner possuí cerca de 3.250 nós computacionais ligados em paralelo em rede. Como cada nó possuía dois chips Opterons dual-core, e cada Opteron ligados a dois chips Cells. Temos cerca de 6.500 Opterons e 13.000 Cells.
O que representa isso em termos de resultado? No pico de performance ele faz 1,45 petaflops. Quantos operações com números quebrados (ponto flutuante) você faz em um segundo? Quase uma? Pois o RoadRunner faz 1.450.000.000.000.000 operações desse tipo por segundo.
Entre as aplicações para tanto poder de cálculo destacam-se estudos de como a radiação se deposita e se move através da metéria, dinâmica molecular, turbulência dos fluidos e o comportamento dos plasmas em relação a experiências com fusão.
Além disso, ele poderia ser o primeiro a determinar a influência do fluxo de radiação de estrelas que explodiram (supernovas). Em 2010, os cientista planejam melhorar a performance das armas nucleares americanas sem precisar de realizar teste atômicos.
Foi o segundo supercomputador a quebra a barreira dos petaflops. Mas o primeiro a conseguir isso (Jaguar XT5 da Cray Inc.) usou 45.000 processadores AMD Opteron quad-core para obter performance similar (1,38 petaflops).
Essa é uma verdadeira guerra de titãs. A próxima lista dos Top500 saí em junho de 2009. Em Hamburgo, Alemanha, durante a International Supercomputing Conference (ISC09).
Fonte: Top500, Gizmodo, Los Alamos National Laboratory
O antigo RoadRunner já figou na lista dos Top 500 supercomputadores do mundo mas já estava ficando obsoleto e com um alto custo de manutenção. Assim, os cientistas de Los Alamos dão uma repaginada no seu papa-léguas digital a cada quatro ou cinco anos.
Um dos maiores problemas enfrentados pelos projetistas é que antes a velocidade de acesso a memória era sempre maior do que o tempo de processamento. Agora os processadores conseguiam processar mais rápido do que o tempo de busca de dados na memória, o que fez com que soluções tradicionais para aumentar a performance de supercomputadores, como incrementar o clock do processador e miniaturizar circuitos, não funcionariam mais.
Desta vez, a estratégia foi buscar no mercado o que havia de mais eficiente em termos de processador e se depararam com o Cell, microprocessador de 9 núcleos desenvolvido em conjunto pela IBM, Sony e Toshiba para equipar o console PlayStation 3 (PS3).
Em uma versão especialmente desenvolvida para o RoadRunner (o PowerXCell 8i), o chip iria compor cada nó do supercomputador em conjunto com microprocessadores AMD Opteron dual-core aumentando a performance deste em 25 vezes.
O Opteron possui dois núcleos, e cada um de seus núcleos seria ligado a um chip Cell "melhorado" (que pode acessar mais memória e fazer cálculos aritméticos com dupla precisão mais rápido do que o chip original do PS3).
O RoadRunner possuí cerca de 3.250 nós computacionais ligados em paralelo em rede. Como cada nó possuía dois chips Opterons dual-core, e cada Opteron ligados a dois chips Cells. Temos cerca de 6.500 Opterons e 13.000 Cells.
O que representa isso em termos de resultado? No pico de performance ele faz 1,45 petaflops. Quantos operações com números quebrados (ponto flutuante) você faz em um segundo? Quase uma? Pois o RoadRunner faz 1.450.000.000.000.000 operações desse tipo por segundo.
Entre as aplicações para tanto poder de cálculo destacam-se estudos de como a radiação se deposita e se move através da metéria, dinâmica molecular, turbulência dos fluidos e o comportamento dos plasmas em relação a experiências com fusão.
Além disso, ele poderia ser o primeiro a determinar a influência do fluxo de radiação de estrelas que explodiram (supernovas). Em 2010, os cientista planejam melhorar a performance das armas nucleares americanas sem precisar de realizar teste atômicos.
Foi o segundo supercomputador a quebra a barreira dos petaflops. Mas o primeiro a conseguir isso (Jaguar XT5 da Cray Inc.) usou 45.000 processadores AMD Opteron quad-core para obter performance similar (1,38 petaflops).
Essa é uma verdadeira guerra de titãs. A próxima lista dos Top500 saí em junho de 2009. Em Hamburgo, Alemanha, durante a International Supercomputing Conference (ISC09).
Fonte: Top500, Gizmodo, Los Alamos National Laboratory