Gostou de Sim City e do The Sims? Isso parece fichinha perto da emoção de controlar a evolução da espécie que você mesmo criou e guiar sua c...
Gostou de Sim City e do The Sims? Isso parece fichinha perto da emoção de controlar a evolução da espécie que você mesmo criou e guiar sua civilização para conquistar o mundo e depois outros mundos e além...
Lembro-me bem das primeiras versões de Sim City onde Will Wright, seu autor, já mostrou todo o seu talento para simular o dia-a-dia das pessoas e talvez inspirar alguns futuros administradores e gerentes de projetos.
Sempre com a motivação de colocar o jogador no comando de tudo e mostrando que caso se tome uma má decisão, ela vai se voltar contra você. A posição do usuário como de grande arquiteto do universo observando sua criação era, por vezes, explícito: em uma edição do Sim City, quando o jogador pausava o jogo e voltava a jogar algumas vezes surgia a notícia na cidade que ele comandava de um maluco que afirmava:"Eu vi! Estávamos todos em um estado de animação suspensa!"
Depois foi criado o sucesso The Sims, onde ao invés de uma cidade, o jogador era convocado a controlar a vida das pessoas. Escolhia-se o signo (que influenciava no temperamento do personagem criado), o sexo, onde iria morar e começava a simulação. Você controlava até a ida ao banheiro do indivíduo sob seu comando, namorava, casava, aprendia uma profissão, decorava os ambientes etc. E todas as decisões refletiam na rotina de infinitas maneiras. Por exemplo, se você demorasse a responder ao chamado da natureza, ir ao banheiro satisfazer as necessidades fisiológicas, o personagem faria nas calças (se as estivesse as usando) e poderia comprometer um encontro amoroso, que por sua vez deixaria o seu avatar triste a ponto de ter depressão, que influenciaria em sua capacidade de estudar e trabalhar e que poderia ser aliviado colocando um quadro novo na parede deixando o ambiente mais agradável (como nem um especialista em feng chui faria melhor.)
Nessa brincadeira de simular nosso cotidiano, Will Wright vendeu coisa de 100 milhões em cópias, entre versões e expansões, e agora vem com uma proposta mais arrojada. Simular, na forma de um jogo, a aparição da vida na Terra, desde a sopa primordial, e a evolução das espécies até o estágio civilizatório em que a população conquiste outros planetas (e outros povos).
Reparem que eu não falei agora de seres humanos e sim de espécies, assim o ser que você controlará terá características evolutivas que você conceder. Acho que Will Wright criou o Criacioevolucionismo onde as duas principais teorias estão totalmente fundidas. Explicando, as espécies evoluem e suas características ajudam a enfrentar as adversidades dos cenários (conforme o Darwinismo clássico) mas as características da espécie não é selecionada naturalmente (em milhões de anos conforme a seleção natural apura) e sim de acordo com a decisão do jogador que está fazendo o papel de... Deus (criacionismo sob a ótica do entretenimento). Que é o que os religiosos e filósofos contrários acusam o cientistas da engenharia genética de fazê-lo: brincar de Deus. Então basta fazer o download da versão demo, com seus 250 MB, e começar a brincar de ser Deus.
A "criatura" Brasil Acadêmico. Olhos nos pés para ver melhor por onde anda. Sem noção.
Depois de sete anos de desenvolvimento o Spore (esporo em inglês) é lançado mundialmente e na versão demo já podemos usar o criador de criaturas. Tão fácil de usar que desde junho já foram criados mais de 12 milhões de bonecos. Você começa com um corpo que parece uma massa de modelar, a medida que vai puxando as extremidade (através de vetores de arrastamento) você percebe o aparecimento de vértebras e um alongamento do corpo (facilmente o meu virou uma cobra, mas para voltar a ter volume no corpo não é tão intuitivo, o help indicou o uso das setas ou da rodinha do mouse ).
Quando você vai incluir uma boca, por exemplo, deverá observar quanto custa em pontos de DNA (algo como uma moeda usada no jogo) custará a sua adição e qual é o seu "peso"em relação a outros fatores como morder ou cantar. Também podem ser adicionados orgão sensoriais como olhos, narinas, ouvidos, antenas etc. Mas o que deve ser bastante utilizado na chamada luta pela sobrevivência serão as armas que vão desde bicos queratinados até lançadores de saliva. Depois basta você compartilhar com o mundo através da Sporepédia, local onde você compartilha suas criaturas com o resto do mundo, e fica clara a intenção da EA de ter um MMORPG para você interagir com seres criados pelos outros jogadores em outros planetas virtuais.
O jogo é dividido em cinco partes:
1- A poça: onde o jogador deverá moldar uma célula e enfrentar outros protoseres para se alimentar e desenvolver em um ambiente aquático.
2- Criatura: nessa fase o usuário deve ajudar seu ser virtual a se desenvolver e sobreviver no ambiente terrestre.
3- Tribo: agora voê está no comando de uma tribo inteira de seres da sua espécie.
4- Civilização: finalmente estamos em uma cidade. Nessa fase você tem contatos com outras culturas podendo travar batalhas contra outras metrópoles.
5- Espaço: nessa etapa você explora outras planetas com sua espécie e cumpre missões explorando o espaço.
Esse jogo promete ser mais um grande sucesso de Wright que vai tornar o evolucionismo algo mais concreto e interativo. Quando perguntado se Spore é um tributo à teoria da evolução de Charles Darwin ele respondeu:
"É uma parte do Spore. Eu queria que os jogadores pensassem sobre quanto a vida pode ser diversificada e também sobre quanto ela é interdependente."
Depois, quando questionado sobre como o jogo pode ajudar a entender o mundo ele acrescentou:
"Estamos tão concentrados em nossa vida cotidiana que é difícil parar e observar o todo. O Spore mostra onde a vida surgiu e para onde pode ir."
Então é isso, por 54,99 euros você pode baixar direto da loja EA a mais nova empreitada de Mister Wright.
Leia mais:
Spore
Lembro-me bem das primeiras versões de Sim City onde Will Wright, seu autor, já mostrou todo o seu talento para simular o dia-a-dia das pessoas e talvez inspirar alguns futuros administradores e gerentes de projetos.
Sempre com a motivação de colocar o jogador no comando de tudo e mostrando que caso se tome uma má decisão, ela vai se voltar contra você. A posição do usuário como de grande arquiteto do universo observando sua criação era, por vezes, explícito: em uma edição do Sim City, quando o jogador pausava o jogo e voltava a jogar algumas vezes surgia a notícia na cidade que ele comandava de um maluco que afirmava:"Eu vi! Estávamos todos em um estado de animação suspensa!"
Depois foi criado o sucesso The Sims, onde ao invés de uma cidade, o jogador era convocado a controlar a vida das pessoas. Escolhia-se o signo (que influenciava no temperamento do personagem criado), o sexo, onde iria morar e começava a simulação. Você controlava até a ida ao banheiro do indivíduo sob seu comando, namorava, casava, aprendia uma profissão, decorava os ambientes etc. E todas as decisões refletiam na rotina de infinitas maneiras. Por exemplo, se você demorasse a responder ao chamado da natureza, ir ao banheiro satisfazer as necessidades fisiológicas, o personagem faria nas calças (se as estivesse as usando) e poderia comprometer um encontro amoroso, que por sua vez deixaria o seu avatar triste a ponto de ter depressão, que influenciaria em sua capacidade de estudar e trabalhar e que poderia ser aliviado colocando um quadro novo na parede deixando o ambiente mais agradável (como nem um especialista em feng chui faria melhor.)
Nessa brincadeira de simular nosso cotidiano, Will Wright vendeu coisa de 100 milhões em cópias, entre versões e expansões, e agora vem com uma proposta mais arrojada. Simular, na forma de um jogo, a aparição da vida na Terra, desde a sopa primordial, e a evolução das espécies até o estágio civilizatório em que a população conquiste outros planetas (e outros povos).
Reparem que eu não falei agora de seres humanos e sim de espécies, assim o ser que você controlará terá características evolutivas que você conceder. Acho que Will Wright criou o Criacioevolucionismo onde as duas principais teorias estão totalmente fundidas. Explicando, as espécies evoluem e suas características ajudam a enfrentar as adversidades dos cenários (conforme o Darwinismo clássico) mas as características da espécie não é selecionada naturalmente (em milhões de anos conforme a seleção natural apura) e sim de acordo com a decisão do jogador que está fazendo o papel de... Deus (criacionismo sob a ótica do entretenimento). Que é o que os religiosos e filósofos contrários acusam o cientistas da engenharia genética de fazê-lo: brincar de Deus. Então basta fazer o download da versão demo, com seus 250 MB, e começar a brincar de ser Deus.
Primeiras Impressões
Depois de sete anos de desenvolvimento o Spore (esporo em inglês) é lançado mundialmente e na versão demo já podemos usar o criador de criaturas. Tão fácil de usar que desde junho já foram criados mais de 12 milhões de bonecos. Você começa com um corpo que parece uma massa de modelar, a medida que vai puxando as extremidade (através de vetores de arrastamento) você percebe o aparecimento de vértebras e um alongamento do corpo (facilmente o meu virou uma cobra, mas para voltar a ter volume no corpo não é tão intuitivo, o help indicou o uso das setas ou da rodinha do mouse ).
Quando você vai incluir uma boca, por exemplo, deverá observar quanto custa em pontos de DNA (algo como uma moeda usada no jogo) custará a sua adição e qual é o seu "peso"em relação a outros fatores como morder ou cantar. Também podem ser adicionados orgão sensoriais como olhos, narinas, ouvidos, antenas etc. Mas o que deve ser bastante utilizado na chamada luta pela sobrevivência serão as armas que vão desde bicos queratinados até lançadores de saliva. Depois basta você compartilhar com o mundo através da Sporepédia, local onde você compartilha suas criaturas com o resto do mundo, e fica clara a intenção da EA de ter um MMORPG para você interagir com seres criados pelos outros jogadores em outros planetas virtuais.
O jogo é dividido em cinco partes:
1- A poça: onde o jogador deverá moldar uma célula e enfrentar outros protoseres para se alimentar e desenvolver em um ambiente aquático.
2- Criatura: nessa fase o usuário deve ajudar seu ser virtual a se desenvolver e sobreviver no ambiente terrestre.
3- Tribo: agora voê está no comando de uma tribo inteira de seres da sua espécie.
4- Civilização: finalmente estamos em uma cidade. Nessa fase você tem contatos com outras culturas podendo travar batalhas contra outras metrópoles.
5- Espaço: nessa etapa você explora outras planetas com sua espécie e cumpre missões explorando o espaço.
Esse jogo promete ser mais um grande sucesso de Wright que vai tornar o evolucionismo algo mais concreto e interativo. Quando perguntado se Spore é um tributo à teoria da evolução de Charles Darwin ele respondeu:
"É uma parte do Spore. Eu queria que os jogadores pensassem sobre quanto a vida pode ser diversificada e também sobre quanto ela é interdependente."
Depois, quando questionado sobre como o jogo pode ajudar a entender o mundo ele acrescentou:
"Estamos tão concentrados em nossa vida cotidiana que é difícil parar e observar o todo. O Spore mostra onde a vida surgiu e para onde pode ir."
Então é isso, por 54,99 euros você pode baixar direto da loja EA a mais nova empreitada de Mister Wright.
Leia mais:
Spore