Pesquisa relizada em 26 países para a BBC mostra que 79% das pessoas pesquisadas consideram a internet um direito fundamental do ser humano....
Pesquisa relizada em 26 países para a BBC mostra que 79% das pessoas pesquisadas consideram a internet um direito fundamental do ser humano.
O levantamento coletou dados de quase 28 mil pessoas sendo que mais da metade usavam a Internet. Segundo o levantamento:
87% das pessoas que usam a internet defenderam o direito de ter acesso a ela.
71% das pessoas que não usam também disseram que deveriam ter o mesmo direito.
Alguns países se destacam pelo elevado percentual dos entrevistados que consideraram o acesso à Internet como o seu direito fundamental, entre eles Coréia do Sul (96%), o país mais conectado na Terra, e México (94%). O Brasil foi um dos países que mais defenderam esse ponto de vista, com 91% dos entrevistados concordando com o direito ao acesso à internet. Entre os europeus, o país que mais despontou nesse quesito foi a Turquia (90%). A China também teve um alto percentual (87%).
A maioria dos usuários da web é muito positiva sobre as mudanças que a internet trouxe para as suas vidas, com forte apoio à informação disponível, o que traz maior liberdade e social networking.
Pouco mais da metade (51%) disse gostar de navegar em sites de relacionamentos sociais, como o Facebook e o MySpace, mas apenas 30% afirmou que a rede é um bom lugar para se encontrar um namorado ou namorada. No Brasil, o número dos internautas entrevistados que navegam nas redes sociais é maior que a média mundial, chegando a 60%.
O papel da internet como fonte de entretenimento, ferramenta para pesquisas e compra de produtos e serviços, e espaço para um debate criativo foi menos mencionado entre os aspectos mais valorizados da rede.
No entanto, houve uma certa preocupação a respeito de expressar opiniões e fraudes online. Os perigos da fraude, a facilidade de acesso a conteúdo violento e explícito e preocupações sobre privacidade foram os aspectos mais preocupantes para os questionados.
Cerca de um terço deles (32%) diz que as fraudes são o aspecto mais preocupante da internet. Outros 27% acreditam que o pior problema é o conteúdo violento e explícito presente em muitos sites.
Para os brasileiros, o principal problema da web é a violência e o conteúdo explícito, com 36%, sendo que o temor das fraudes também é muito alto (35%).
Praticamente metade das pessoas que responderam à pesquisa (49%) acredita que a internet não é um lugar seguro para elas expressarem suas opiniões. Na Alemanha, este número sobe para 72% dos entrevistados, acompanhado de 71% na França e 70% na Coreia do Sul.
O Japão está entre os países onde a maioria dos usuários da web não sentem que podem expressar as suas opiniões online com segurança (65%), ao lado da China (55%). Contrastando com o bloco dos desconfiados, a maioria dos indianos (70%), quenianos (73%) e ganenses (74%) considerou que poderiam expressar suas opiniões com segurança.
O Brasil pertence ao grupo dos paranóicos onde 56% discordam que a Internet é um lugar seguro para expressar suas opiniões.
Para 90% dos entrevistados, a rede mundial de computadores é um “bom lugar para se aprender”. No Brasil esse número é ainda maior e alcança 96%.
E 78% dos internautas sentem que a internet lhes garante mais liberdade. Liberdade em todos os sentidos, inclusive para compras online. Segundo a Folha o comércio online no Brasil cresceu 30% no ano passado.
A sondagem também mostrou que 53% dos entrevistados defendem a ideia de que a internet não deveria ter regulação do governo. Na China, onde há uma forte regulação por parte dos governantes e onde o Google tem tido problemas constante com a censura do país sendo até alvo de ataques cibernéticos onde dados de ativistas chineses foram interceptados de seus servidores, causando um conflito diplomático entre Washington e Beijing. Cerca de 40% dos entrevistados disseram que a rede não deveria ter regulação por parte do governo, o que chega a ser surpreendente já que os entrevistados não estão sob um regime democrático, o que poderia levar os entrevistados a temerem revelar a opinião. E se apenas 6% dos entrevistados dizem temer a censura governamental, no país da Grande Muralha esse percentual chega a 29%.
No Japão, México e Rússia em torno de três quartos dos entrevistados disseram que não podiam viver sem ela.
Apesar do entusiasmo geral com a ferramenta, a maioria (55%) disse que poderia viver sem a internet. Já no Brasil essa sensação é ainda maior (71%).
A pesquisa foi realizada pelo instituto internacional GlobeScan para a série SuperPotência da BBC, que durante o mês de março vai trazer reportagens e análises explorando o poder da internet. Foram entrevistados 27.973 adultos de 26 países, em novembro de 2009 e fevereiro de 2010. Dos que responderam às perguntas, 14.306 (mais da metade) são usuários da internet.
No Brasil, a pesquisa foi realizada em Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, Florianópolis, Goiânia, Porto Alegre, em Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São
Paulo que representa 16% da população adulta total do país.
A pesquisa mostrou ainda que a maioria dos usuários entrevistados veem como positivas as mudanças que a internet trouxe às suas vidas, principalmente o volume e a variedade de informações que ela oferece.
Fonte: BBC, BandNews FM
O levantamento coletou dados de quase 28 mil pessoas sendo que mais da metade usavam a Internet. Segundo o levantamento:
87% das pessoas que usam a internet defenderam o direito de ter acesso a ela.
71% das pessoas que não usam também disseram que deveriam ter o mesmo direito.
O direito à comunicação não pode ser ignorado.
Dr. Hamadoun Toure. Secretário-geral da União Internacional das Telecomunicações (UIT)
Alguns países se destacam pelo elevado percentual dos entrevistados que consideraram o acesso à Internet como o seu direito fundamental, entre eles Coréia do Sul (96%), o país mais conectado na Terra, e México (94%). O Brasil foi um dos países que mais defenderam esse ponto de vista, com 91% dos entrevistados concordando com o direito ao acesso à internet. Entre os europeus, o país que mais despontou nesse quesito foi a Turquia (90%). A China também teve um alto percentual (87%).
Internautas
A maioria dos usuários da web é muito positiva sobre as mudanças que a internet trouxe para as suas vidas, com forte apoio à informação disponível, o que traz maior liberdade e social networking.
Pouco mais da metade (51%) disse gostar de navegar em sites de relacionamentos sociais, como o Facebook e o MySpace, mas apenas 30% afirmou que a rede é um bom lugar para se encontrar um namorado ou namorada. No Brasil, o número dos internautas entrevistados que navegam nas redes sociais é maior que a média mundial, chegando a 60%.
O papel da internet como fonte de entretenimento, ferramenta para pesquisas e compra de produtos e serviços, e espaço para um debate criativo foi menos mencionado entre os aspectos mais valorizados da rede.
O reverso da medalha
No entanto, houve uma certa preocupação a respeito de expressar opiniões e fraudes online. Os perigos da fraude, a facilidade de acesso a conteúdo violento e explícito e preocupações sobre privacidade foram os aspectos mais preocupantes para os questionados.
Cerca de um terço deles (32%) diz que as fraudes são o aspecto mais preocupante da internet. Outros 27% acreditam que o pior problema é o conteúdo violento e explícito presente em muitos sites.
Para os brasileiros, o principal problema da web é a violência e o conteúdo explícito, com 36%, sendo que o temor das fraudes também é muito alto (35%).
Praticamente metade das pessoas que responderam à pesquisa (49%) acredita que a internet não é um lugar seguro para elas expressarem suas opiniões. Na Alemanha, este número sobe para 72% dos entrevistados, acompanhado de 71% na França e 70% na Coreia do Sul.
O Japão está entre os países onde a maioria dos usuários da web não sentem que podem expressar as suas opiniões online com segurança (65%), ao lado da China (55%). Contrastando com o bloco dos desconfiados, a maioria dos indianos (70%), quenianos (73%) e ganenses (74%) considerou que poderiam expressar suas opiniões com segurança.
O Brasil pertence ao grupo dos paranóicos onde 56% discordam que a Internet é um lugar seguro para expressar suas opiniões.
Para 90% dos entrevistados, a rede mundial de computadores é um “bom lugar para se aprender”. No Brasil esse número é ainda maior e alcança 96%.
E 78% dos internautas sentem que a internet lhes garante mais liberdade. Liberdade em todos os sentidos, inclusive para compras online. Segundo a Folha o comércio online no Brasil cresceu 30% no ano passado.
Síndrome da China
A sondagem também mostrou que 53% dos entrevistados defendem a ideia de que a internet não deveria ter regulação do governo. Na China, onde há uma forte regulação por parte dos governantes e onde o Google tem tido problemas constante com a censura do país sendo até alvo de ataques cibernéticos onde dados de ativistas chineses foram interceptados de seus servidores, causando um conflito diplomático entre Washington e Beijing. Cerca de 40% dos entrevistados disseram que a rede não deveria ter regulação por parte do governo, o que chega a ser surpreendente já que os entrevistados não estão sob um regime democrático, o que poderia levar os entrevistados a temerem revelar a opinião. E se apenas 6% dos entrevistados dizem temer a censura governamental, no país da Grande Muralha esse percentual chega a 29%.
No Japão, México e Rússia em torno de três quartos dos entrevistados disseram que não podiam viver sem ela.
Apesar do entusiasmo geral com a ferramenta, a maioria (55%) disse que poderia viver sem a internet. Já no Brasil essa sensação é ainda maior (71%).
A pesquisa foi realizada pelo instituto internacional GlobeScan para a série SuperPotência da BBC, que durante o mês de março vai trazer reportagens e análises explorando o poder da internet. Foram entrevistados 27.973 adultos de 26 países, em novembro de 2009 e fevereiro de 2010. Dos que responderam às perguntas, 14.306 (mais da metade) são usuários da internet.
No Brasil, a pesquisa foi realizada em Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, Florianópolis, Goiânia, Porto Alegre, em Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São
Paulo que representa 16% da população adulta total do país.
A pesquisa mostrou ainda que a maioria dos usuários entrevistados veem como positivas as mudanças que a internet trouxe às suas vidas, principalmente o volume e a variedade de informações que ela oferece.
Para acessar os dados levantados e a metodologia empregada na pesquisa clique AQUI (PDF em inglês).
Fonte: BBC, BandNews FM