O bilionário filantropo vai financiar máquina que transforma dejetos em água potável e energia. O título ficou meio apelativo, eu sei. Mas é...
O bilionário filantropo vai financiar máquina que transforma dejetos em água potável e energia.
O título ficou meio apelativo, eu sei. Mas é por uma causa nobre: Obter sua atenção. E por falar em causa nobre a Fundação Bill e Melinda Gates que, segundo a Forbes, é a maior fundação filantrópica do mundo, vai financiar o desenvolvimento do protótipo do projeto The Omniprocessor, uma máquina que transforma fezes humanas em água potável e eletricidade.
Bem, tomando por base que é uma fundação que já financiou pesquisas para o desenvolvimento de preservativos mais confortáveis, dela podemos esperar tudo...
Mas é claro que há um raciocínio mais elaborado por trás de uma ideia tão escatológica. Não. O financiamento desse projeto não é para processar resíduos humanos de astronautas em seu bioma artificial de recursos extremamente escassos. O objetivo aqui são os bilhões de pessoas que usam latrinas drenadas de forma inadequada ou que simplesmente defecam ao céu aberto.
Gates viu que as soluções dos países ocidentais eram caras demais para servir de modelos para nações pobres. Então ele viu aquilo que parecia ser a resposta que essa equação de eficiência sanitária exigia: O projeto Omniprocessor.
A máquina usa um sistema movido a vapor que gera energia para queimar o esgoto em temperaturas acimas de 1000 °C. O resultado da combustão é condensado, tratado e transformado em água potável.
Todo o processo acontece sem a emissão de poluentes (e sem cheiros desagradáveis) além de, notavelmente, não gastar energia, pois a máquina consome a eletricidade gerada na combustão do esgoto.
Quando comparada com algumas formas de se lidar com dejetos (jogar no mar e nos rios sem tratamento adequado, queimar com diesel, enterrar no deserto) ela se mostra bem mais ambientalmente favorável. Mas, igualmente importante, o uso da Omniprocessor se mostra interessante comercialmente. E esse detalhe é fundamental para que o projeto não seja apenas mais uma ideia que ficou no limbo da filantropia e atraía, de fato, parceiros investidores o que criaria um espiral positivo para resolver esse grave problema de infraestrutura que leva a doenças que, segundo o post em seu blog, ceifa a vida de cerca de 700.000 mil crianças e impede um número ainda maior de ter um desenvolvimento físico e mental pleno.
Sua fundação irá financiar um projeto piloto do Omniprocessor em Dakar, capital do Senegal, onde uma comunidade da cidade irá testar o aparelho.
Uma segunda geração da máquina deverá processar o esgoto de mais de 100 mil pessoas, produzindo 86 mil litros de água potável por dia, além de 250 kW de eletricidade.
Gates afirma que a água produzida pelo Omniprocessor é:
Fonte: Gates Notes, Info
[Via BBA]
O título ficou meio apelativo, eu sei. Mas é por uma causa nobre: Obter sua atenção. E por falar em causa nobre a Fundação Bill e Melinda Gates que, segundo a Forbes, é a maior fundação filantrópica do mundo, vai financiar o desenvolvimento do protótipo do projeto The Omniprocessor, uma máquina que transforma fezes humanas em água potável e eletricidade.
Vi as pilhas de fezes irem até a correia transportadora e cair em uma grande bandeja. Elas percorreram seu caminho através da máquina, sendo fervidas e tratadas. Poucos minutos depois, eu provei longamente o resultado final: um copo de água potável delicioso.
Bem, tomando por base que é uma fundação que já financiou pesquisas para o desenvolvimento de preservativos mais confortáveis, dela podemos esperar tudo...
Mas é claro que há um raciocínio mais elaborado por trás de uma ideia tão escatológica. Não. O financiamento desse projeto não é para processar resíduos humanos de astronautas em seu bioma artificial de recursos extremamente escassos. O objetivo aqui são os bilhões de pessoas que usam latrinas drenadas de forma inadequada ou que simplesmente defecam ao céu aberto.
Gates viu que as soluções dos países ocidentais eram caras demais para servir de modelos para nações pobres. Então ele viu aquilo que parecia ser a resposta que essa equação de eficiência sanitária exigia: O projeto Omniprocessor.
A máquina usa um sistema movido a vapor que gera energia para queimar o esgoto em temperaturas acimas de 1000 °C. O resultado da combustão é condensado, tratado e transformado em água potável.
Todo o processo acontece sem a emissão de poluentes (e sem cheiros desagradáveis) além de, notavelmente, não gastar energia, pois a máquina consome a eletricidade gerada na combustão do esgoto.
Quando comparada com algumas formas de se lidar com dejetos (jogar no mar e nos rios sem tratamento adequado, queimar com diesel, enterrar no deserto) ela se mostra bem mais ambientalmente favorável. Mas, igualmente importante, o uso da Omniprocessor se mostra interessante comercialmente. E esse detalhe é fundamental para que o projeto não seja apenas mais uma ideia que ficou no limbo da filantropia e atraía, de fato, parceiros investidores o que criaria um espiral positivo para resolver esse grave problema de infraestrutura que leva a doenças que, segundo o post em seu blog, ceifa a vida de cerca de 700.000 mil crianças e impede um número ainda maior de ter um desenvolvimento físico e mental pleno.
Sua fundação irá financiar um projeto piloto do Omniprocessor em Dakar, capital do Senegal, onde uma comunidade da cidade irá testar o aparelho.
Uma segunda geração da máquina deverá processar o esgoto de mais de 100 mil pessoas, produzindo 86 mil litros de água potável por dia, além de 250 kW de eletricidade.
Gates afirma que a água produzida pelo Omniprocessor é:
Tão boa quanto qualquer outra que eu tomei de uma garrafa. E tendo estudado a engenharia por trás dela, eu beberia ela todos os dias. É seguro.
Fonte: Gates Notes, Info
[Via BBA]