Pesquisa mostra que vírus encontrado em algas verdes afeta capacidades mentais humanas e é encontrado em dois de cada cinco indivíduos. Estu...
Pesquisa mostra que vírus encontrado em algas verdes afeta capacidades mentais humanas e é encontrado em dois de cada cinco indivíduos.
Estudos da Universidade Johns Hopkins e da Universidade de Nebraska, revelaram que um vírus chamado ATCV-1 (Acanthocystis turfacea Chlorella) presente em algas verdes, dentre as quais temos algumas comestíveis, altera ligeiramente algumas capacidades mentais nos seres humanos. E para piorar, quase metade de nós está infectado com ele.
Os cientistas descobriram que o vírus, conhecido por infectar as algas verdes (ou clorofíceas) presentes nos mares, lagos e oceanos, vivia na garganta de 42 indivíduos dos 92 casos.
Os pacientes portadores do vírus tiveram pior desempenho em testes de inteligência, mesmo quando possuíam um bom nível educacional.
São resultados preliminares, publicados recentemente nas atas da Academia de Ciências dos Estados Unidos, que ilustram como certos micro-organismos provocam alterações psicológicas sem provocar uma doença, conforme apontam os pesquisadores.
A pesquisa, da Universidade Johns Hopkins e da Universidade de Nebraska, não estabeleceu como o vírus infecta humanos e nem como seria possível eliminá-lo.
Pensava-se que era transmitido facilmente em rios, lagos ou mar, porque esse tipo de vírus foi encontrado há 30 anos em várias espécies de algas, pelo professor James Van Etten, mas a ideia foi descartada.
Os dados ainda mostraram que nadadores ou pessoas que praticavam esportes subaquáticos não estavam contaminados, o que descartou a possibilidade de transmissão através de algas.
Como parte de outro estudo, o cientista e sua equipe descobriram a presença do vírus ATCV-1 por acaso, ao analisar o DNA dos vírus e bactérias que formavam a flora microbiana na garganta de 92 pessoas saudáveis.
O grupo infectado teve resultados piores em uma série de provas que mediam a rapidez do processamento de informações visuais por parte do cérebro.
Em seguida, foram feitas experiências em ratos de laboratório para analisar como o vírus afetava a capacidade de realizar certas tarefas e constataram efeitos similares aos observados nos humanos. Por exemplo, os ratos infectados apresentavam mais dificuldade para encontrar o caminho no labirinto e menor capacidade de atenção.
Uma análise dos seus tecidos cerebrais mostrou mudanças na expressão de genes múltiplos no hipocampo, região do cérebro responsável pela memória e orientação espacial.
O professor Robert Yolken, do Johns Hopkins Medical School, disse que os milhões de vírus que vivem no corpo humano estão sendo investigados por especialistas pela primeira vez.
Fonte: [Via BBA]
Estudos da Universidade Johns Hopkins e da Universidade de Nebraska, revelaram que um vírus chamado ATCV-1 (Acanthocystis turfacea Chlorella) presente em algas verdes, dentre as quais temos algumas comestíveis, altera ligeiramente algumas capacidades mentais nos seres humanos. E para piorar, quase metade de nós está infectado com ele.
Os cientistas descobriram que o vírus, conhecido por infectar as algas verdes (ou clorofíceas) presentes nos mares, lagos e oceanos, vivia na garganta de 42 indivíduos dos 92 casos.
Os pacientes portadores do vírus tiveram pior desempenho em testes de inteligência, mesmo quando possuíam um bom nível educacional.
São resultados preliminares, publicados recentemente nas atas da Academia de Ciências dos Estados Unidos, que ilustram como certos micro-organismos provocam alterações psicológicas sem provocar uma doença, conforme apontam os pesquisadores.
Trata-se de um exemplo surpreendente, que mostra como um micro-organismo, aparentemente inofensivo, presente em nosso corpo, pode afetar nosso comportamento e nossa cognição.
Robert Yolken. Virologista do centro hospitalar universitário Johns Hopkins e principal autor dos estudos
A pesquisa, da Universidade Johns Hopkins e da Universidade de Nebraska, não estabeleceu como o vírus infecta humanos e nem como seria possível eliminá-lo.
Pensava-se que era transmitido facilmente em rios, lagos ou mar, porque esse tipo de vírus foi encontrado há 30 anos em várias espécies de algas, pelo professor James Van Etten, mas a ideia foi descartada.
Os dados ainda mostraram que nadadores ou pessoas que praticavam esportes subaquáticos não estavam contaminados, o que descartou a possibilidade de transmissão através de algas.
Como parte de outro estudo, o cientista e sua equipe descobriram a presença do vírus ATCV-1 por acaso, ao analisar o DNA dos vírus e bactérias que formavam a flora microbiana na garganta de 92 pessoas saudáveis.
O grupo infectado teve resultados piores em uma série de provas que mediam a rapidez do processamento de informações visuais por parte do cérebro.
Em seguida, foram feitas experiências em ratos de laboratório para analisar como o vírus afetava a capacidade de realizar certas tarefas e constataram efeitos similares aos observados nos humanos. Por exemplo, os ratos infectados apresentavam mais dificuldade para encontrar o caminho no labirinto e menor capacidade de atenção.
Uma análise dos seus tecidos cerebrais mostrou mudanças na expressão de genes múltiplos no hipocampo, região do cérebro responsável pela memória e orientação espacial.
O professor Robert Yolken, do Johns Hopkins Medical School, disse que os milhões de vírus que vivem no corpo humano estão sendo investigados por especialistas pela primeira vez.
Fonte: [Via BBA]