Como se chama o ministro dos Transportes? Pois é, ninguém sabe. No meio deste turbilhão que entrará para a história do Brasil por causa de u...
Como se chama o ministro dos Transportes? Pois é, ninguém sabe. No meio deste turbilhão que entrará para a história do Brasil por causa de um aumento das tarifas dos transportes públicos, não apareceu uma única vez no noticiário o nome do ex-governador da Bahia, César Borges, velho parceiro do cacique ACM, empossado na pasta em 3 de abril.
Simbólico e dramático: aquele que seria o protagonista do episódio evaporou e pelo visto não fez nenhuma falta. Seria mais um aturdido, mais um surpreendido pela dinâmica das ruas.
Nesta quinzena de perplexidades, a mídia foi uma das instituições mais atordoadas: quando o governador paulista e o prefeito paulistano em uníssono designaram os manifestantes como vândalos, a mídia não teve dúvidas, foi atrás, a PM também e quando acabou a batalha entre canibais e antropófagos - no dizer de Elio Gaspari - descobriu-se que as maiores vítimas das balas de borracha foram os repórteres.
Foi uma das mais portentosas coberturas dos últimos tempos: a mídia eletrônica esmerou-se, esteve presente no país inteiro, em tempo real - mas do alto, de helicóptero. Nos estúdios e bancadas, âncoras e professores convidados tentavam teorias e interpretações.
Até agora não se sabe exatamente o que aconteceu - as puxadoras das multidões foram apenas as redes sociais? Ou foi o exemplo da Turquia? Estamos novamente, como em 1968, diante de um mundo de pavio curto?
Este capítulo da nossa história ainda não foi batizado. A imprensa logo o entenderá e lhe dará um nome.
Fonte: Observatório da Imprensa
[Via BBA]
Simbólico e dramático: aquele que seria o protagonista do episódio evaporou e pelo visto não fez nenhuma falta. Seria mais um aturdido, mais um surpreendido pela dinâmica das ruas.
Nesta quinzena de perplexidades, a mídia foi uma das instituições mais atordoadas: quando o governador paulista e o prefeito paulistano em uníssono designaram os manifestantes como vândalos, a mídia não teve dúvidas, foi atrás, a PM também e quando acabou a batalha entre canibais e antropófagos - no dizer de Elio Gaspari - descobriu-se que as maiores vítimas das balas de borracha foram os repórteres.
Foi uma das mais portentosas coberturas dos últimos tempos: a mídia eletrônica esmerou-se, esteve presente no país inteiro, em tempo real - mas do alto, de helicóptero. Nos estúdios e bancadas, âncoras e professores convidados tentavam teorias e interpretações.
Até agora não se sabe exatamente o que aconteceu - as puxadoras das multidões foram apenas as redes sociais? Ou foi o exemplo da Turquia? Estamos novamente, como em 1968, diante de um mundo de pavio curto?
Este capítulo da nossa história ainda não foi batizado. A imprensa logo o entenderá e lhe dará um nome.
Fonte: Observatório da Imprensa
[Via BBA]