Estudo mostra que governo francês economizaria cerca de 10 bilhões de euros e evitaria milhares de mortes se o governo retirasse esses ...
Estudo mostra que governo francês economizaria cerca de 10 bilhões de euros e evitaria milhares de mortes se o governo retirasse esses "placebos" de circulação.
Após examinar 4 mil remédios e classificá-los em "úteis", "inúteis" e "perigosos", os médicos franceses Philippe Even e Bernard Debré, autores do Guide des médicaments (Guia dos Medicamentos), dedicaram 900 páginas para mostrar os resultados. E não são nada abonadores.
Metade de todos os medicamentos prescritos por médicos na França são inúteis, 20% apresentam riscos aos pacientes e 5% são perigosos.
De acordo com os pesquisadores, a França pouparia mais de 10 bilhões de euros (cerca de 26 bilhões de reais) ao ano caso retirasse da lista do sistema de saúde os remédios que apresentam riscos para a população ou que são considerados tecnicamente supérfluos. Essa medida poderia reduzir até 100 mil internações em hospitais e prevenir mais de 20 mil mortes causadas pelo uso de medicamentos.
Even, que também é diretor do Instituto de Pesquisa Necker, disse que a publicação se baseia em informação científica, e que é resultado da análise de milhares de outras publicações.
Um dos princípios ativos questionados no guia é a estatina, substância empregada em terapia para redução do colesterol alto (o LDL, em níveis altos no organismo, é considerado prejudicial à saúde) e aterosclerose. Ainda segundo os autores do estudo, de 3 a 5 milhões de franceses consomem as estatinas, as quais custam para o Estado francês algo em torno de 2 bilhões de euros anualmente.
Para a dupla de médicos franceses, a estatina é “completamente desnecessária”. A “lista negra” ainda inclui anti-inflamatórios e medicamentos usados para problemas cardiovasculares, diabetes, osteoporose, contracepção, dores musculares e aqueles que são vendidos para acabar com o vício à nicotina.
No site da Observateur, é possível visualizar um infográfico, em francês, com os 58 medicamentos considerados perigosos, segundo o Guia de Medicamentos. Clique aqui.
A reportagem completa do The Guardian pode ser acessada aqui.
E as reportagens sobre o levantamento no Le Figaro podem ser acessadas aqui.
Leia mais: AdVivo
[Via BBA]
Após examinar 4 mil remédios e classificá-los em "úteis", "inúteis" e "perigosos", os médicos franceses Philippe Even e Bernard Debré, autores do Guide des médicaments (Guia dos Medicamentos), dedicaram 900 páginas para mostrar os resultados. E não são nada abonadores.
Metade de todos os medicamentos prescritos por médicos na França são inúteis, 20% apresentam riscos aos pacientes e 5% são perigosos.
De acordo com os pesquisadores, a França pouparia mais de 10 bilhões de euros (cerca de 26 bilhões de reais) ao ano caso retirasse da lista do sistema de saúde os remédios que apresentam riscos para a população ou que são considerados tecnicamente supérfluos. Essa medida poderia reduzir até 100 mil internações em hospitais e prevenir mais de 20 mil mortes causadas pelo uso de medicamentos.
Even, que também é diretor do Instituto de Pesquisa Necker, disse que a publicação se baseia em informação científica, e que é resultado da análise de milhares de outras publicações.
Um dos princípios ativos questionados no guia é a estatina, substância empregada em terapia para redução do colesterol alto (o LDL, em níveis altos no organismo, é considerado prejudicial à saúde) e aterosclerose. Ainda segundo os autores do estudo, de 3 a 5 milhões de franceses consomem as estatinas, as quais custam para o Estado francês algo em torno de 2 bilhões de euros anualmente.
Para a dupla de médicos franceses, a estatina é “completamente desnecessária”. A “lista negra” ainda inclui anti-inflamatórios e medicamentos usados para problemas cardiovasculares, diabetes, osteoporose, contracepção, dores musculares e aqueles que são vendidos para acabar com o vício à nicotina.
O capitalismo tornou-se essencialmente especulativo, visando a rentabilidade. Gerentes de empresas exigem 20% de rendimento por ano, condenando-se a políticas de curto prazo absolutamente contraditórias, com a descoberta de novas drogas, que demandam pelo menos dez anos.
Dr. Philippe Even em entrevista à Observateur
No site da Observateur, é possível visualizar um infográfico, em francês, com os 58 medicamentos considerados perigosos, segundo o Guia de Medicamentos. Clique aqui.
A reportagem completa do The Guardian pode ser acessada aqui.
E as reportagens sobre o levantamento no Le Figaro podem ser acessadas aqui.
Leia mais: AdVivo
[Via BBA]