Não são jogos precipuamente educativos. Mas colocam à disposição da educação exemplos interativos de conceitos difíceis de imaginar. Essa ma...
Não são jogos precipuamente educativos. Mas colocam à disposição da educação exemplos interativos de conceitos difíceis de imaginar.
Essa matéria me remete a uma feira de ciências que participei quando estudava no Colégio São Francisco de Assis em Anápolis. Lá nos anos 80, usei todo o meu conhecimento de BASIC em um micro MSX para produzir um software que mostrava através de sprites o modelo atômico de Rutherford-Bohr, com elétrons saltando das eletrosferas.
Imagem manipulada em computador mostra TV de 29" similar àquela usada na feira de ciências: Tela plana? Tela fina? LED? O que é isso?
Eu e minha equipe levamos uma TV de 29 polegadas Philco com tubo, que ainda usava válvulas, para o salão onde estavam montados todos os vulcões de celofane, motores elétricos feitos com cliques e outras maquetes.
Resultado: sucesso total de audiência, poucos queriam ver as tais maquetes. Todas as atenções estavam focadas nas cores e animações digitais da pequena maravilha. E o pior é que quando alguém duvidava da capacidade da equipe de produzir algo tão inovador, pelo menos para os não iniciados em programação.
Aí que ficavam mais desconsertados, afinal eu listava toda a programação e EXPLICAVA como é que aqueles laços e variáveis funcionavam.
Mas a história não acabou bem. O responsável pelo laboratório do colégio e promotor da feira, que se achava um cientista mas que simplesmente não compreendia (e nem aceitava) como é que os alunos pudessem produzir algo tão sofisticado em sua feira de ciências, resolveu intervir.
Assim, para a felicidade geral dos produtores de vulcões de celofane, nosso simulador de elétrons foi finalmente proibido. Me senti como Galileu tendo que negar o óbvio para a Santa Inquisição (não se esqueçam que esse colégio era católico).
É claro, que todos que viram o nosso trabalho e depois voltaram para a feira não entenderam porque o trabalho havia sido retirado. Mas eu entendi muito bem.
Bem, hoje me tornei professor universitário, possuo um bloguinho com muita liberdade de expressão e com pretensões acadêmicas. Além de ter casado com uma das meninas que participaram da equipe. Acho que a injustiça ajudou a nos unir, vá saber.
Folgo em ver que hoje os professores tem muito mais recurso eletrônicos à disposição a ponto de nem ser mais novidade. O que, em tese, traria uma maior facilidade em levar o conhecimento aos estudantes de forma mais, digamos, experimental.
Não que eu ache que os vulcões de celofane sejam ruins, mas percebo que mesmo nesses casos a evolução da informática tornou os trabalhos bem mais interessantes e produtivos. Um casamento perfeito.
Um rio de sabão em pó é ótimo em uma maquete, mas as placas explicativas são visualmente perfeitas quando impressas, bem como as janelas das fachadas dos prédios, compondo um trabalho manual com mais chance de se obter um bom índice de WOW! e LOL!
Cito aqui trê jogos online que complementariam a explicação de ideias científicas de forma divertida.
O primeiro é o Orbitrunner, para você tentar estabilizar as órbitas de um sistema solar posicionando o sol. Servirá para exemplificar as leis de Kepler, os estilingues gravitacionais e o catastrofismo como teoria de formação dos sistema solares.
Já o Starlight demonstrará que o conceito de constelação é apenas uma coincidência de estrelas que, vistas da Terra, parecem próximas umas às outras. Mas que no universo 3D, não possuem nem o tamanho aparente nem sequer se avizinham, necessariamente (viu como é um conceito melhor visto que explicado?) Assim, os desenhos astrológicos que tais estrelas formariam no céu seria apenas uma ilusão causada pela perspectiva que nosso ponto de vista da abóboda celeste nos causa.
Por fim, temos o Nuclearoids. Um jogo cujo objetivo é criar reações em cadeia para atingir o maior número de objetos. Similar à ideia de reação em cadeia atômica, que entre outros efeitos, e com a massa crítica correta, causaria enormes liberações de energia subitamente resultando nas explosões nucleares. Nenhum desses jogos são simuladores com precisão científica mas colocam à disposição dos professores recursos multimídia interativos que ilustraram bem os vários assuntos abordados.
Certamente deixarão as aulas um pouco mais lúdicas e quiçá aguçará a curiosidade pela ciência daqueles que ainda não foram sensibilizados pelo ET Bilu que preconizou: "Busque conhecimento!" :-P
Essa matéria me remete a uma feira de ciências que participei quando estudava no Colégio São Francisco de Assis em Anápolis. Lá nos anos 80, usei todo o meu conhecimento de BASIC em um micro MSX para produzir um software que mostrava através de sprites o modelo atômico de Rutherford-Bohr, com elétrons saltando das eletrosferas.
Eu e minha equipe levamos uma TV de 29 polegadas Philco com tubo, que ainda usava válvulas, para o salão onde estavam montados todos os vulcões de celofane, motores elétricos feitos com cliques e outras maquetes.
Resultado: sucesso total de audiência, poucos queriam ver as tais maquetes. Todas as atenções estavam focadas nas cores e animações digitais da pequena maravilha. E o pior é que quando alguém duvidava da capacidade da equipe de produzir algo tão inovador, pelo menos para os não iniciados em programação.
Aí que ficavam mais desconsertados, afinal eu listava toda a programação e EXPLICAVA como é que aqueles laços e variáveis funcionavam.
Mas a história não acabou bem. O responsável pelo laboratório do colégio e promotor da feira, que se achava um cientista mas que simplesmente não compreendia (e nem aceitava) como é que os alunos pudessem produzir algo tão sofisticado em sua feira de ciências, resolveu intervir.
Assim, para a felicidade geral dos produtores de vulcões de celofane, nosso simulador de elétrons foi finalmente proibido. Me senti como Galileu tendo que negar o óbvio para a Santa Inquisição (não se esqueçam que esse colégio era católico).
É claro, que todos que viram o nosso trabalho e depois voltaram para a feira não entenderam porque o trabalho havia sido retirado. Mas eu entendi muito bem.
Bem, hoje me tornei professor universitário, possuo um bloguinho com muita liberdade de expressão e com pretensões acadêmicas. Além de ter casado com uma das meninas que participaram da equipe. Acho que a injustiça ajudou a nos unir, vá saber.
Folgo em ver que hoje os professores tem muito mais recurso eletrônicos à disposição a ponto de nem ser mais novidade. O que, em tese, traria uma maior facilidade em levar o conhecimento aos estudantes de forma mais, digamos, experimental.
Não que eu ache que os vulcões de celofane sejam ruins, mas percebo que mesmo nesses casos a evolução da informática tornou os trabalhos bem mais interessantes e produtivos. Um casamento perfeito.
Um rio de sabão em pó é ótimo em uma maquete, mas as placas explicativas são visualmente perfeitas quando impressas, bem como as janelas das fachadas dos prédios, compondo um trabalho manual com mais chance de se obter um bom índice de WOW! e LOL!
Cito aqui trê jogos online que complementariam a explicação de ideias científicas de forma divertida.
O primeiro é o Orbitrunner, para você tentar estabilizar as órbitas de um sistema solar posicionando o sol. Servirá para exemplificar as leis de Kepler, os estilingues gravitacionais e o catastrofismo como teoria de formação dos sistema solares.
Já o Starlight demonstrará que o conceito de constelação é apenas uma coincidência de estrelas que, vistas da Terra, parecem próximas umas às outras. Mas que no universo 3D, não possuem nem o tamanho aparente nem sequer se avizinham, necessariamente (viu como é um conceito melhor visto que explicado?) Assim, os desenhos astrológicos que tais estrelas formariam no céu seria apenas uma ilusão causada pela perspectiva que nosso ponto de vista da abóboda celeste nos causa.
Por fim, temos o Nuclearoids. Um jogo cujo objetivo é criar reações em cadeia para atingir o maior número de objetos. Similar à ideia de reação em cadeia atômica, que entre outros efeitos, e com a massa crítica correta, causaria enormes liberações de energia subitamente resultando nas explosões nucleares. Nenhum desses jogos são simuladores com precisão científica mas colocam à disposição dos professores recursos multimídia interativos que ilustraram bem os vários assuntos abordados.
Certamente deixarão as aulas um pouco mais lúdicas e quiçá aguçará a curiosidade pela ciência daqueles que ainda não foram sensibilizados pelo ET Bilu que preconizou: "Busque conhecimento!" :-P