Será que nem depois de morto a gente vai se livrar do Michael Jackson? Pergunta o septuagenário José Eugênio Soares a um entrevistado que a...
Será que nem depois de morto a gente vai se livrar do Michael Jackson? Pergunta o septuagenário José Eugênio Soares a um entrevistado que afirma ver OVNIs. "É que nem acontece com você", retruca o entrevistado ao desconsertado Jô, que pelo menos ouve aplausos sinceros de uma plateia jovem porém cansada de tanto repetir palmas ensaiadas e simular risadas após horas para colaborar com a atmosfera "alegre" do talk show humorístico.
Os bastidores de um programa de TV. Programa do Jô revelado.
Fingimento! É isso que vem a mente de quem entra em uma gravação de programa de TV. Após chegarmos na sede paulista da Rede Globo e esperarmos um bocado (pediram que chegássemos às 13h), o Bira apareceu mas já explicando "eu não devia nem estar aqui, estou tumultuando a entrada". Depois de mais demora seguimos para uma sala de espera onde uma assistente "esquentava" a plateia pedindo animação, que se a plateia não fosse bem agitada ela receberia bronca, que poderíamos fotografar sem flash, que não poderíamos pedir canecas etc. Etc.
Ubirajara Penacho dos Reis. O popular "Bira" à paisana pouco antes da gravação
Na hora de sentar as fileira eram ocupados sistematicamente de acordo com o tamanho dos grupos, do final para o corredor do meio, de forma a não aparentar haver espaços vazios. As excursões de estudantes eram dirigidas para o fundo.
Enquanto isso, o Tomate tocava solos de músicas populares na guitarra elétrica. O teatro é bem menor do que aparenta na televisão, a poltronas são confortáveis, com encostos para os braços individualizados, o que evita o duelo de cotovelos.
Também pudera, aguentar sete horas de gravações sem intervalo sem uma poltrona honesta é dose para macaco de auditório nenhum botar reparo.
Vem um assistente e escova a cadeira do obeso apresentador, vem um diretor e pede mecanicamente para que o auditório fique animado (senão...). Max Nunes, um dos co-responsáveis pelos textos do programa do Jô, entra e fala alguma coisa com o sexteto.
Um dos diretores, carrancudo e estressado (o que pediu para o pessoal ficar animado) sugere em tom imperativo: "Kelly, tem gente onde eu preciso gravar." E as pessoas são retiradas.
Gravou-se um musical com uma italiana radicada no Brasil onde todo mundo bate palma, canta o refrão alegremente só para... repetir tudo. Depois ela se doou mais ainda, pediu que cantássemos o refrão. As assistentes pediram palmas animadas, a cantora cantou, dançou, errou só para... repetir tudo de novo. Aí pediu desculpas para uma voz vinda do alto. Deus? Não. Talvez o diretor geral Willem van Weerelt.
Alguém faz uma gracinha na plateia, Tomate responde qualquer coisa e alguém do sexteto "dá dedo" para algum engraçadinho no meio da galera. Depois um cameraman exclama em um tom inaudível para quem estava tumultuando:"Não é por aí não, rapaz."
Após mais uma sessão de palmas e sexo simbólico com o microfone alguém conclui que valeu e começa o desmonte do palco. "Tirem essa meia-lua daqui.", ordena a Kelly com seu microfone a la Madonna, modelito indispensável para se usar entre o auditório e os artistas. Meia-lua é um encaixe que serve para ampliar as dimensões do palco lateral. Onde a italiana se apresentara.
Atualização: Jô presta (mais) um grande serviço a nação diferenciando misticismo de ciência
Depois entra uma brasileira (Sônia Santos) e começa a ensaiar antigos sucessos da década de 70, e nada do Jô. Ela tenta arregimentar adeptos à sua causa dizendo vir de Los Angeles e que precisava de uma calorosa recepção.
Parece surtir efeito, ou o pessoal iria colaborar de qualquer forma, o fato é que após uma ensaio que parece não ter ficado ao gosto de algum dos diretores daquele caos anacrônico, que parece se ajustar muito bem em alguma ilha de edição, uma das moças assistentes informa didaticamente que aquela música diz "Speed". E que em inglês isso significa velocidade. Então precisaríamos de imprimir mais ritmo, mais animação.
E os "Hommers" dançaram e cantaram mais de acordo com a espontaniedade aparente exigida. Padrão global.
E nessa toada, gravou-se o Humor na Caneca com um comediante menos conhecido nacionalmente, desculpem a minha ignorância, e foi bom uma vez que ele acertou de prima, pois se tivesse dado errado ia ser mais difícil repetir (música repetida ainda vai, mas rir da mesma piada duas vezes é pior do que rir de piada explicada).
E lá vai a Kelly, "Som (pessoal do som), tira essas caixas daqui", algumas caixas acústicas que ficaram da apresentação da italiana estavam atrapalhando a circulação. É impressionante o balé das câmeras e microfones. Mas o que mais chama a atenção é uma câmera controlada remotamente pendurada em uma barra telescópica girada por um segundo operador postado em uma das extremidades. O trambolho passa quase esbarrando na cabeça dos que se sentam nas cadeiras da frente (no lado direito da plateia) e os cameras e cable men que se abaixem para o voo controlado daquele olho eletrônico capaz de sair do meio do corredor do auditório e ver o que está dentro da caneca na mesa do Jô. Tudo para possibilitar ângulos e passeios vertiginosos pelo espaço do estúdio. É quase impossível que ninguém tenha batido a cabeça naquela grua.
Entram os entrevistado da segunda-feira (era 7 de setembro), alguém anuncia que o Jô já está chegando (aleluia), um camera comenta que estava a doze horas direto (acordado) pois tinha gravado o (Domingão do) Faustão no dia anterior.
O Jô foi anunciado, alvoroço, dois assistentes abrem a porta lateral deslizante, suspense, aparece uma cortina onde o canhão de luz mira instantaneamente. O cenário de fundo é muito interessante, retrata São Paulo à noite embora o sol estivesse brilhando lá fora (uma 16h provavelmente). Apesar de parecer sofisticado o painel é grosseiramente rasgado atrás das telas laterais onde projetores emitem imagens durantes as entrevistas. Como a imagem vem de trás da tela não há projetores visíveis e com certeza a imagem é projetada invertida.
A grande estrela da noite (na verdade dia) chega ovacionado de verdade, é para isso que todos estão ali. Para ver o baixinho (1,70m) que é conhecido por ser gordo (estatura mediana, mas o volume dos seus 110 quilos o faz aparentar uma estatura ainda menor). Nada que uma cadeira alta e um close colocando sua cabeça quase saindo na parte superior da tela não resolva (estilo Jean Claude van Damme).
Jô abre fazendo a chamada que será usada durante o Jornal da Globo (palmas). Depois grava as falas de apresentação das atrações musicais (a italiana e a brasileira, sempre com palmas) e do humorista do Humor na Caneca. Depois faz a introdução com uma alfinetada no Maradona e nos argentinos (devido a derrota para os brasileiros no domingo, que garantiu o Brasil na copa de 2010. Risos espontâneos.) Jô agradece as excursões (gritos esfusiante de cada grupo) e os convidados. Após encerrar resolve anunciar a presença de um grupo que não foi citado na entrada.
Jogo dos erros: você consegue achar as diferenças na roupa do apresentador?
A vinheta com musiquinha característica do programa do Jô realmente toca durante as gravações, os televisores mostram as imagens como elas sairão no dia que o programa venha passar. Sobre os aparelhos voltados para a mesa um relógio digital mostra quanto tempo já passou.
Uma das primeiras entrevistas foi da famosa Mãe do Silveirinha da novela A Favorita. Em seguida uma entrevista bem interessante com o psicoterapeuta Flavio Gikovate.
Ambas passaram no mesmo dia (segunda-feira) a noite. Durante a entrevista o camera que filma de frente assiste a um desenho animado para se distrair, ao pressionar de um botão volta a focar a mesa. Chamou a atenção a forma como Jô se relaciona com o ponto, provavelmente falando com Willen, onde ele procura falar com um papel tapando a boca para garantir um mínimo de privacidade. Recurso bem útil pois em um minuto de descuido pode se ouvir claramente uma frase em tom preocupado: "Não sabe quem é o entrevistado de amanhã? Isso vai ser uma tragédia!" Até agora ninguém notou nada... Entrevistou a sexy italiana, agora vestida de azul para combinar com a gravata do apresentador (segundo ela mesma), e a conversa chamou a atenção do sexteto, normalmente com cara de paisagem, com exceção do Tomate, sempre com um olhar intimidador para o público. Aparentemente alguns dos músicos se apresentaram com a italiana no Bar Bourbon Street e estavam mais ligados na fala da cantora. Depois veio a cantora brasileira e em seguida veio um ufólogo com as feições semelhantes ao Mick Jagger (ambos passaram na quinta-feira). O Jô brinca com o Derico e pergunta para o Alex, a postos no bar, como se fala sovina em espanhol. Alex responde "canalha". Jô insiste que não é isso. Tenta explicar o significado de sovina e Alex tenta novamente: "cagado." Jô desiste. Já havia um alerta de que se alguém saísse antes de algum intervalo (que jamais houve) talvez não pudesse voltar. Eu me arrisquei, conheci o banheiro da Rede Globo e consegui voltar e me sentar novamente. Aí me posicionei a tempo de ver o segundo bloco (os blocos não tem pausa para o comercial de fato, pelo menos nesse dia foram gravados um seguido do outro direto) do ufólogo mantendo um diálogo com uma certa tensão com o apresentador, o que parece ajudar no IBOPE, mas que exige mais jogo da larga cintura do entrevistador que tenta conduzir a entrevista. O entrevistado dá o golpe final ao pedir uma caneca do programa e realmente é atendido. Em seguida veio uma "especialista" em ler o destino através das pedras e eu ousei fazer uma pergunta. Aí ouvi a minha voz como a do deus Willen ecoando pelo estúdio enquanto um assistente segurava uma haste com um microfone na ponta sobre minha cabeça, essa movimentação seguida da correria de cameras e cabo men (como baratas surpreendidas na cozinha após a luz acender de súbito) dificultou a minha concentração na fala (afinal era minha primeira vez em cadeia nacional). Por fim veio um entrevistado que havia escrito uma enciclopédia sobre cerveja (esse já passou na terça-feira).Flávio Gikovate posa para foto pouco antes da entrevista: "é melhor tirarmos agora (a foto) pois pode ser que de lá (da mesa) eu já saia direto." É curiosa a obsessão por não se dizer nada que dê pistas sobre o dia em que a entrevista está sendo gravada. Tanto que a especialista em pedras foi dizer algo sobre o método como revelava a pedra da sorte da pessoa e perguntou inocente "por exemplo, que dia é hoje?", no que o Jô foi rápido em cortar "não sei!" Isso mostra o quanto o diálogo com o comediante Jovane Nunes (que passou na terça) foi simbólico. Jô alfineta: "o comediante Jovane Nunes já correu e se sentou aqui, nem esperou ser chamado, e tivemos as palmas espontâneas puxadas pela Kelly.", no que Jovane (o único goiano do grupo de teatro Os Melhores do Mundo) retruca em tom de ironia: "É, e é uma alegria estar aqui nessa noite de São Paulo, onde não está chovendo forte, sem alagamento..." Essa é a pista que diz que a entrevista fora realizada na terça-feira, quando caiu a maior chuva dos últimos quarenta anos em Sampa, com 60 pontos de alagamento pela metrópole. Percebeu a sutileza? Detalhe, esse trecho da entervista foi exibido na TV mas foi cortado do site do programa. Para que a entrevista gravada na terça e na segunda fossem exibidas como se ambas fossem do mesmo programa, é necessário que o Jô use a mesma roupa. Não que seja algo secreto, contudo essa enganação faz parte da ilusão televisiva, onde nada é o que parece. Mas pense nisso quando o apresentador for elogiado quanto a combinação e a elegância do terno e ele responder "que nada, peguei a primeira roupa do armário." Ao final, aproxidamente 8 da noite e devido ao nosso bom desempenho como claque, teve um saquinho de lanche com suco, um sanduíche e maçã. Fotos com o sexteto ou com o Jô? Esqueça. A segurança esvazia a sala com rapidez e eficiência. Destaque para o sambador "Seu Madruga". O cabo man mais "gente boa" da TV.
Fingimento! É isso que vem a mente de quem entra em uma gravação de programa de TV. Após chegarmos na sede paulista da Rede Globo e esperarmos um bocado (pediram que chegássemos às 13h), o Bira apareceu mas já explicando "eu não devia nem estar aqui, estou tumultuando a entrada". Depois de mais demora seguimos para uma sala de espera onde uma assistente "esquentava" a plateia pedindo animação, que se a plateia não fosse bem agitada ela receberia bronca, que poderíamos fotografar sem flash, que não poderíamos pedir canecas etc. Etc.
Na hora de sentar as fileira eram ocupados sistematicamente de acordo com o tamanho dos grupos, do final para o corredor do meio, de forma a não aparentar haver espaços vazios. As excursões de estudantes eram dirigidas para o fundo.
Enquanto isso, o Tomate tocava solos de músicas populares na guitarra elétrica. O teatro é bem menor do que aparenta na televisão, a poltronas são confortáveis, com encostos para os braços individualizados, o que evita o duelo de cotovelos.
Também pudera, aguentar sete horas de gravações sem intervalo sem uma poltrona honesta é dose para macaco de auditório nenhum botar reparo.
Vem um assistente e escova a cadeira do obeso apresentador, vem um diretor e pede mecanicamente para que o auditório fique animado (senão...). Max Nunes, um dos co-responsáveis pelos textos do programa do Jô, entra e fala alguma coisa com o sexteto.
Um dos diretores, carrancudo e estressado (o que pediu para o pessoal ficar animado) sugere em tom imperativo: "Kelly, tem gente onde eu preciso gravar." E as pessoas são retiradas.
Gravou-se um musical com uma italiana radicada no Brasil onde todo mundo bate palma, canta o refrão alegremente só para... repetir tudo. Depois ela se doou mais ainda, pediu que cantássemos o refrão. As assistentes pediram palmas animadas, a cantora cantou, dançou, errou só para... repetir tudo de novo. Aí pediu desculpas para uma voz vinda do alto. Deus? Não. Talvez o diretor geral Willem van Weerelt.
Alguém faz uma gracinha na plateia, Tomate responde qualquer coisa e alguém do sexteto "dá dedo" para algum engraçadinho no meio da galera. Depois um cameraman exclama em um tom inaudível para quem estava tumultuando:"Não é por aí não, rapaz."
Após mais uma sessão de palmas e sexo simbólico com o microfone alguém conclui que valeu e começa o desmonte do palco. "Tirem essa meia-lua daqui.", ordena a Kelly com seu microfone a la Madonna, modelito indispensável para se usar entre o auditório e os artistas. Meia-lua é um encaixe que serve para ampliar as dimensões do palco lateral. Onde a italiana se apresentara.
Depois entra uma brasileira (Sônia Santos) e começa a ensaiar antigos sucessos da década de 70, e nada do Jô. Ela tenta arregimentar adeptos à sua causa dizendo vir de Los Angeles e que precisava de uma calorosa recepção.
Parece surtir efeito, ou o pessoal iria colaborar de qualquer forma, o fato é que após uma ensaio que parece não ter ficado ao gosto de algum dos diretores daquele caos anacrônico, que parece se ajustar muito bem em alguma ilha de edição, uma das moças assistentes informa didaticamente que aquela música diz "Speed". E que em inglês isso significa velocidade. Então precisaríamos de imprimir mais ritmo, mais animação.
E os "Hommers" dançaram e cantaram mais de acordo com a espontaniedade aparente exigida. Padrão global.
E nessa toada, gravou-se o Humor na Caneca com um comediante menos conhecido nacionalmente, desculpem a minha ignorância, e foi bom uma vez que ele acertou de prima, pois se tivesse dado errado ia ser mais difícil repetir (música repetida ainda vai, mas rir da mesma piada duas vezes é pior do que rir de piada explicada).
E lá vai a Kelly, "Som (pessoal do som), tira essas caixas daqui", algumas caixas acústicas que ficaram da apresentação da italiana estavam atrapalhando a circulação. É impressionante o balé das câmeras e microfones. Mas o que mais chama a atenção é uma câmera controlada remotamente pendurada em uma barra telescópica girada por um segundo operador postado em uma das extremidades. O trambolho passa quase esbarrando na cabeça dos que se sentam nas cadeiras da frente (no lado direito da plateia) e os cameras e cable men que se abaixem para o voo controlado daquele olho eletrônico capaz de sair do meio do corredor do auditório e ver o que está dentro da caneca na mesa do Jô. Tudo para possibilitar ângulos e passeios vertiginosos pelo espaço do estúdio. É quase impossível que ninguém tenha batido a cabeça naquela grua.
Entram os entrevistado da segunda-feira (era 7 de setembro), alguém anuncia que o Jô já está chegando (aleluia), um camera comenta que estava a doze horas direto (acordado) pois tinha gravado o (Domingão do) Faustão no dia anterior.
O Jô foi anunciado, alvoroço, dois assistentes abrem a porta lateral deslizante, suspense, aparece uma cortina onde o canhão de luz mira instantaneamente. O cenário de fundo é muito interessante, retrata São Paulo à noite embora o sol estivesse brilhando lá fora (uma 16h provavelmente). Apesar de parecer sofisticado o painel é grosseiramente rasgado atrás das telas laterais onde projetores emitem imagens durantes as entrevistas. Como a imagem vem de trás da tela não há projetores visíveis e com certeza a imagem é projetada invertida.
A grande estrela da noite (na verdade dia) chega ovacionado de verdade, é para isso que todos estão ali. Para ver o baixinho (1,70m) que é conhecido por ser gordo (estatura mediana, mas o volume dos seus 110 quilos o faz aparentar uma estatura ainda menor). Nada que uma cadeira alta e um close colocando sua cabeça quase saindo na parte superior da tela não resolva (estilo Jean Claude van Damme).
Jô abre fazendo a chamada que será usada durante o Jornal da Globo (palmas). Depois grava as falas de apresentação das atrações musicais (a italiana e a brasileira, sempre com palmas) e do humorista do Humor na Caneca. Depois faz a introdução com uma alfinetada no Maradona e nos argentinos (devido a derrota para os brasileiros no domingo, que garantiu o Brasil na copa de 2010. Risos espontâneos.) Jô agradece as excursões (gritos esfusiante de cada grupo) e os convidados. Após encerrar resolve anunciar a presença de um grupo que não foi citado na entrada.
A vinheta com musiquinha característica do programa do Jô realmente toca durante as gravações, os televisores mostram as imagens como elas sairão no dia que o programa venha passar. Sobre os aparelhos voltados para a mesa um relógio digital mostra quanto tempo já passou.
Uma das primeiras entrevistas foi da famosa Mãe do Silveirinha da novela A Favorita. Em seguida uma entrevista bem interessante com o psicoterapeuta Flavio Gikovate.
Ambas passaram no mesmo dia (segunda-feira) a noite. Durante a entrevista o camera que filma de frente assiste a um desenho animado para se distrair, ao pressionar de um botão volta a focar a mesa. Chamou a atenção a forma como Jô se relaciona com o ponto, provavelmente falando com Willen, onde ele procura falar com um papel tapando a boca para garantir um mínimo de privacidade. Recurso bem útil pois em um minuto de descuido pode se ouvir claramente uma frase em tom preocupado: "Não sabe quem é o entrevistado de amanhã? Isso vai ser uma tragédia!" Até agora ninguém notou nada... Entrevistou a sexy italiana, agora vestida de azul para combinar com a gravata do apresentador (segundo ela mesma), e a conversa chamou a atenção do sexteto, normalmente com cara de paisagem, com exceção do Tomate, sempre com um olhar intimidador para o público. Aparentemente alguns dos músicos se apresentaram com a italiana no Bar Bourbon Street e estavam mais ligados na fala da cantora. Depois veio a cantora brasileira e em seguida veio um ufólogo com as feições semelhantes ao Mick Jagger (ambos passaram na quinta-feira). O Jô brinca com o Derico e pergunta para o Alex, a postos no bar, como se fala sovina em espanhol. Alex responde "canalha". Jô insiste que não é isso. Tenta explicar o significado de sovina e Alex tenta novamente: "cagado." Jô desiste. Já havia um alerta de que se alguém saísse antes de algum intervalo (que jamais houve) talvez não pudesse voltar. Eu me arrisquei, conheci o banheiro da Rede Globo e consegui voltar e me sentar novamente. Aí me posicionei a tempo de ver o segundo bloco (os blocos não tem pausa para o comercial de fato, pelo menos nesse dia foram gravados um seguido do outro direto) do ufólogo mantendo um diálogo com uma certa tensão com o apresentador, o que parece ajudar no IBOPE, mas que exige mais jogo da larga cintura do entrevistador que tenta conduzir a entrevista. O entrevistado dá o golpe final ao pedir uma caneca do programa e realmente é atendido. Em seguida veio uma "especialista" em ler o destino através das pedras e eu ousei fazer uma pergunta. Aí ouvi a minha voz como a do deus Willen ecoando pelo estúdio enquanto um assistente segurava uma haste com um microfone na ponta sobre minha cabeça, essa movimentação seguida da correria de cameras e cabo men (como baratas surpreendidas na cozinha após a luz acender de súbito) dificultou a minha concentração na fala (afinal era minha primeira vez em cadeia nacional). Por fim veio um entrevistado que havia escrito uma enciclopédia sobre cerveja (esse já passou na terça-feira).