Com muito bom humor, Denise Fraga atua como Chen Tê. Uma prostituta que representa a interpretação dialógica da possibilidade de sermos bons...
Com muito bom humor, Denise Fraga atua como Chen Tê. Uma prostituta que representa a interpretação dialógica da possibilidade de sermos bons. Será possível sermos bons no mundo de hoje? É a grande indagação que fazia o dramaturgo alemão Bertolt Bretch na primeira metade do século XX.
Denise Fraga após apresentação no Teatro TUCA
Nessa adaptação os três deuses do texto original de 1941 se transformam em um (interpretado por Ary França) com um pássaro em seu ombro. E essa trindade ambulante desce dos céus a procura uma alma boa. Depois de muito buscar ele encontra no vilarejo de Setsuan, na China, a bondosa prostituta Chen Tê.
Chen Tê (Denise Fraga) recebe um saco de dinheiro de Deus por sua bondade. Recompensa que se torna maldição.
Para recompesá-la pela sua bondade o divino a presenteia com dinheiro para que ela prossiga com sua bondade. Mas, o dinheiro só lhe traz problemas. Os vizinhos só se aproximam para explorá-la e ela não consegue dizer não até que se traveste de homem na figura de seu primo fictício, Chui Ta. Ele é oposto a Chen Tê, Chui Ta é um capitalista frio e calculista e são justamente essas características que impedem sua prima de ser dilapidada.
Como parte da concepção artística, o elenco recepcionou o público na entrada da sala do espetáculo
Chui Ta. O lado mal de Chen Tê que sabe dizer não.
E você? O que acha? Ser bom para os outros é necessariamente ruim para si mesmo? O bem e o mal é o mesmo, só muda o ponto de vista? No bem já se encontra a semente do mal e vice-versa? E será que Bretch tem a resposta? Para filosofar ou apenas se entreter, vá ao teatro!
Para saber mais: A Alma Boa de Setsuan (site oficial da peça)
Nessa adaptação os três deuses do texto original de 1941 se transformam em um (interpretado por Ary França) com um pássaro em seu ombro. E essa trindade ambulante desce dos céus a procura uma alma boa. Depois de muito buscar ele encontra no vilarejo de Setsuan, na China, a bondosa prostituta Chen Tê.
A Alma Boa de Setsuan desvenda o fazer teatral diante do público. São os próprios atores que recebem a platéia, distribuem o programa, manipulam o cenário e fazem o serviço de contrarregragem. A intenção era criar um elenco com o espírito de grupo de teatro, totalmente disponível artisticamente para contar a história que o camarada Brecht escreveu há quase 70 anos.
Marco Antônio Braz. Diretor da peça
Para recompesá-la pela sua bondade o divino a presenteia com dinheiro para que ela prossiga com sua bondade. Mas, o dinheiro só lhe traz problemas. Os vizinhos só se aproximam para explorá-la e ela não consegue dizer não até que se traveste de homem na figura de seu primo fictício, Chui Ta. Ele é oposto a Chen Tê, Chui Ta é um capitalista frio e calculista e são justamente essas características que impedem sua prima de ser dilapidada.
Faço teatro, cinema e televisão e acho muito bom entrelaçar estes veículos, aproveitar a popularidade proporcionada pela televisão, por exemplo, para levar aos palcos textos clássicos de forma sedutora. Um clássico não é clássico à toa, tem algo ali de universal, que atravessou o tempo tocando o coração das pessoas. Acho que grande parte do público que viu a peça talvez nunca tenha visto um Brecht. E se surpreendeu em se divertir tanto com ele. Sem deixar de levar para casa a reflexão que ele queria.
Denise Fraga. Atriz que interpreta a prostituta Chen Te
E você? O que acha? Ser bom para os outros é necessariamente ruim para si mesmo? O bem e o mal é o mesmo, só muda o ponto de vista? No bem já se encontra a semente do mal e vice-versa? E será que Bretch tem a resposta? Para filosofar ou apenas se entreter, vá ao teatro!
Para saber mais: A Alma Boa de Setsuan (site oficial da peça)
