Os dois países serão obrigados a demarcarem novamente a fronteira entre eles. A nova demarcação deve ocorrer devido a derretimento de parte ...
Os dois países serão obrigados a demarcarem novamente a fronteira entre eles. A nova demarcação deve ocorrer devido a derretimento de parte de geleiras dos Alpes e serve como um alerta ao impacto que a mudança da temperatura global está causando nos Alpes sob o ponto de vista climático e ambiental.
Fronteira Ítalo-Suíça no Google Earth: linha do cume da geleira pode não ser uma boa referência fixa
Uma comissão formada por técnicos italianos e suíços verificou a redução das geleiras na cordilheira europeia e revelou que ela é tão ampla que seria necessário rever a área limítrofe entre os dois países, definida em 1941.
A atual fronteira envolve zonas de planície e de altas montanhas, cobertas de gelo, onde a fronteira foi definida pela crista da geleira e por onde escorre a água de degelo.
Cartão postal de 1870 confrontado com a versão da paisagem do século XXI
Entretanto, em alguns pontos, o gelo já teria desaparecido e "a linha do cume da geleira nem sempre coincide com a da rocha que está por baixo", disse o deputado italiano Franco Narducci, membro da comissão de assuntos internacionais da Câmara dos Deputados e relator da lei que redefine as fronteiras no país.
"Com a mudança climática e a diminuição das geleiras, que pode ser vista a olho nu em muitas zonas, é preciso retomar as medições, que, desta vez, serão feitas com o uso de aviões. Estabeleceu-se que onde não há mais geleira, a nova linha de demarcação será o topo da rocha."
Geleira suíça, região Aletsch, em foto de satélite de 2007: Limites em 1850 (vermelho) e em 1973 (azul). Essa geleira é parte do patrimônio mundial da UNESCO (clique para ampliar).
De acordo com especialistas, por causa da diminuição das geleiras, vai ser necessário acabar com o conceito de fronteira fixa e introduzir o de fronteira flexível, que muda com a redução das geleiras.
Gráfico da pesquisa anual da Glacier Commission na Itália e na Suíça mostra o percentual de avanço das geleiras nos Alpes. No meio do século XX vimos uma tendência de recuo, mas não tão extrema como no presente. Recuos atuais representam reduções adicionais nas geleiras já diminuídas.
A aprovação de leis na Suíça e na Itália para mudar a fronteira é considerada uma formalidade já que ambos os países estão de acordados e trocaram protocolos a respeito.
"As fronteiras já foram demarcadas com armas em punho, hoje usamos especialistas." arremata Franco Narducci.
Fonte: COP15, Estadão, New York Times, UNEP,Wikipedia
Uma comissão formada por técnicos italianos e suíços verificou a redução das geleiras na cordilheira europeia e revelou que ela é tão ampla que seria necessário rever a área limítrofe entre os dois países, definida em 1941.
A atual fronteira envolve zonas de planície e de altas montanhas, cobertas de gelo, onde a fronteira foi definida pela crista da geleira e por onde escorre a água de degelo.
Entretanto, em alguns pontos, o gelo já teria desaparecido e "a linha do cume da geleira nem sempre coincide com a da rocha que está por baixo", disse o deputado italiano Franco Narducci, membro da comissão de assuntos internacionais da Câmara dos Deputados e relator da lei que redefine as fronteiras no país.
"Com a mudança climática e a diminuição das geleiras, que pode ser vista a olho nu em muitas zonas, é preciso retomar as medições, que, desta vez, serão feitas com o uso de aviões. Estabeleceu-se que onde não há mais geleira, a nova linha de demarcação será o topo da rocha."
De acordo com especialistas, por causa da diminuição das geleiras, vai ser necessário acabar com o conceito de fronteira fixa e introduzir o de fronteira flexível, que muda com a redução das geleiras.
A aprovação de leis na Suíça e na Itália para mudar a fronteira é considerada uma formalidade já que ambos os países estão de acordados e trocaram protocolos a respeito.
"As fronteiras já foram demarcadas com armas em punho, hoje usamos especialistas." arremata Franco Narducci.
Fonte: COP15, Estadão, New York Times, UNEP,Wikipedia