Mas será o Benedito? The Lancet, uma das publicações médicas com maior prestígio internacional, acusa o papa Bento XVI de "distorcer a ...
Mas será o Benedito? The Lancet, uma das publicações médicas com maior prestígio internacional, acusa o papa Bento XVI de "distorcer a ciência" em seus comentários sobre a eficiência do uso de preservativo no combate à Aids.
Camisinha não! Já camisetas...
O papa Bento XVI afirmou a bordo do avião que o levava para sua primeira viagem como pontífice à África, na terça-feira, 24, que a distribuição de preservativos não é a solução na luta contra o vírus HIV e a Aids no continente.
"Não se pode resolver isso com a distribuição de preservativos", disse o papa a jornalistas a bordo do voo fretado da Alitalia rumo a Iaundê, capital de Camarões, onde iniciará sua viagem de sete dias pela África. "Pelo contrário, apenas aumenta o problema".
E ainda acrescentou que a Aids é "uma tragédia que não poderá ser superada apenas com dinheiro e não poderá ser superada pela distribuição de preservativos".
A solução estaria em um "despertar espiritual e humano" e na "amizade por aqueles que sofrem", disse o papa, de acordo com a agência de notícias AFP.
Isso motivou um editorial publicado na sexta-feira, 27, pela revista The Lancet que afirma que a afirmação papal é errada, escandalosa e que pode ter consequências devastadoras.
De acordo com a publicação o papa "distorceu publicamente provas científicas para promover a doutrina católica nesta questão".
"Não está claro se o erro do papa se deve à ignorância ou uma deliberada tentativa de manipular a ciência para apoiar a ideologia católica", diz o editorial.
Segundo a revista, o preservativo masculino é a maneira mais eficiente de reduzir a transmissão sexual do vírus HIV e "quando qualquer pessoa influente, seja uma figura política ou religiosa, faz uma declaração científica falsa que pode ser devastadora para a saúde de milhões de pessoas, elas devem se retratar ou corrigir o registro público."
Qualquer coisa menor que uma retratação "seria um imenso desserviço ao público e defensores da saúde, inclusive milhares de católicos, que trabalham incansavelmente em vários países para tentar evitar que o HIV se espalhe" afirma a revista.
Dados do Vaticano dão conta de que o número de católicos na África vem aumentando em ritmo constante nos últimos anos.
Os Católicos batizados eram 17% da população da África em 2006, comparados com os 12% em 1978, segundo o Vaticano.
Entretanto, segundo David Willey, correspondente da BBC em Roma, a África é uma região onde a Igreja enfrenta crescente competição das igrejas evangélicas, de seitas e do islamismo.
É como dizem, no amor e na guerra...
Fonte: BBC Brasil
O papa Bento XVI afirmou a bordo do avião que o levava para sua primeira viagem como pontífice à África, na terça-feira, 24, que a distribuição de preservativos não é a solução na luta contra o vírus HIV e a Aids no continente.
"Não se pode resolver isso com a distribuição de preservativos", disse o papa a jornalistas a bordo do voo fretado da Alitalia rumo a Iaundê, capital de Camarões, onde iniciará sua viagem de sete dias pela África. "Pelo contrário, apenas aumenta o problema".
E ainda acrescentou que a Aids é "uma tragédia que não poderá ser superada apenas com dinheiro e não poderá ser superada pela distribuição de preservativos".
A solução estaria em um "despertar espiritual e humano" e na "amizade por aqueles que sofrem", disse o papa, de acordo com a agência de notícias AFP.
Isso motivou um editorial publicado na sexta-feira, 27, pela revista The Lancet que afirma que a afirmação papal é errada, escandalosa e que pode ter consequências devastadoras.
De acordo com a publicação o papa "distorceu publicamente provas científicas para promover a doutrina católica nesta questão".
"Não está claro se o erro do papa se deve à ignorância ou uma deliberada tentativa de manipular a ciência para apoiar a ideologia católica", diz o editorial.
Segundo a revista, o preservativo masculino é a maneira mais eficiente de reduzir a transmissão sexual do vírus HIV e "quando qualquer pessoa influente, seja uma figura política ou religiosa, faz uma declaração científica falsa que pode ser devastadora para a saúde de milhões de pessoas, elas devem se retratar ou corrigir o registro público."
Qualquer coisa menor que uma retratação "seria um imenso desserviço ao público e defensores da saúde, inclusive milhares de católicos, que trabalham incansavelmente em vários países para tentar evitar que o HIV se espalhe" afirma a revista.
Dados do Vaticano dão conta de que o número de católicos na África vem aumentando em ritmo constante nos últimos anos.
Os Católicos batizados eram 17% da população da África em 2006, comparados com os 12% em 1978, segundo o Vaticano.
Entretanto, segundo David Willey, correspondente da BBC em Roma, a África é uma região onde a Igreja enfrenta crescente competição das igrejas evangélicas, de seitas e do islamismo.
É como dizem, no amor e na guerra...
Fonte: BBC Brasil