De acordo com especialistas, 30% das pessoas são psicopatas. Essas pessoas costumam transgredir regras, ser agressivas e de humor inconstant...
De acordo com especialistas, 30% das pessoas são psicopatas. Essas pessoas costumam transgredir regras, ser agressivas e de humor inconstante.
O cérebro psicopata não tem alterações estruturais (algo a ser verificado no microscópio) mas funciona de modo diferente. E fazendo uma analogia, é como se fosse o mesmo computador rodando um programa diferente dos demais.
Segundo o Benito Damasceno, professor de biologia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), é possível dimensionar falhas em uma região do cérebro considerada um marcador corporal da emoção.
Sabe-se que o psicopata não é um deficiente mental, nem sofre de alucinações ou problemas de identidade, como pode ocorrer com os esquizofrênicos. Frequentemente, possui inteligência acima da média podendo ser simpático e sedutor. Podendo usar essas qualidades para mentir e enganar os outros. Embora entenda perfeitamente a diferença entre o certo e o errado, o psicopata não é dotado de emoções morais: não sente arrependimento, culpa, piedade nem vergonha. Tampouco consegue nutrir qualquer empatia pelo próximo.
Francisco de Assis Pereira - Conhecido como "Maníaco do Parque", foi condenado em 2002 a 274 anos de prisão por ter estuprado e assassinado onze mulheres. O motoboy foi preso no dia 4 de agosto de 1998, em Itaqui (RS). Ele atraía as vítimas com falsas promessas de emprego ou de ensaios fotográficos ao parque do Estado, na zona sul de São Paulo, onde eram violentadas e, em alguns casos, assassinadas.
O desafio para se lidar melhor com a psicopatia é que os cientistas ainda não descobriram o que causa essa deficiência no funcionamento cerebral.
O que se sabe é que o indivíduo nasce ou não com uma tendência biológica a psicopatia. Porém ela pode nunca se manifestar. O que define como ela vai aflorar, e em que grau, é como a pessoa foi criada.
Nossa personalidade tem sua estrutura formada principalmente até os 8, 10 anos de idade. Nessa fase primordial, a criança necessita se sentir amada, protegida e, sobretudo, receber limites e aprender a seguir regras.
A psicóloga Maria de Fátima dos Santos trabalhou por 20 anos no sistema prisional e avaliou criminosos que haviam cometido estupros e assassinatos em série.
Maria de Fátima revela que 95% deles são psicopatas e a grande maioria sofreu violência na infância.
O tema está em pauta depois que um pedreiro ex-detento, Adimar Jesus da Silva, de 40 anos, preso por atentado violento ao pudor foi solto, apesar de laudos psiquiátricos que não recomendavam a soltura, e matou seis rapazes da cidade de Luziânia, cidade goiana no entorno de Brasília.
Para a psiquiatra forense Hilda Morana, seria importante separar os portadores do distúrbio dos demais presos.
Primeiro, porque não existe cura para a psicopatia, o que torna irrecuperáveis – e, conseqüentemente, mais perigosos – os criminosos do gênero.
Depois, porque psicopatas são manipuladores inatos.
O caso de Luziânia mostra a dificuldade de se lidar com os psicopatas. A Justiça tinha laudos que identificaram “sinais de sadismo” e de “transtornos psicopatológicos” em um exame criminológico realizado em 28 de maio de 2008, conforme nota divulgada pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal.
O Ministério Público pediu, em junho de 2008, a progressão da pena para o regime semiaberto, sem os benefícios da saída da carceragem. O documento ainda indicou o acompanhamento psicossocial ao pedreiro. Em 2009, houve nova determinação da Justiça para acompanhamento psicológico na rede pública de saúde e avaliação psiquiátrica.
Ainda de acordo com nota do TJ/DF, o pedreiro passou por dois atendimentos psicológicos em maio de 2009. Em um deles, ele teria apresentado coerência de pensamento e demonstrou crítica acerca dos comportamentos a ele atribuídos. No outro, o exame informou que o pedreiro não possuía doença mental, nem necessitava de medicação controlada.
Apesar dessas características gerais (pessoas que costumam transgredir regras, ser agressivas e de humor inconstante) os psicopatas conseguem, por vezes, manipular e enganar até os especialistas. Não sendo, portanto, fácil identificá-los para que cada um possa se proteger.
Fontes:
'É impossível curar um psicopata', diz psiquiatra forense Guido Palomba - G1
Especialistas explicam o que pensam e como agem os psicopatas - G1
Crueldade nas veias - Veja on-line
Sobre Guilherme de Pádua, Glória Perez diz em blog: “se tornou final de carreira para psicopatas assassinos, virar pastor” - O Verbo
A Mulher por Trás da Autora - Zero Hora
O cérebro psicopata não tem alterações estruturais (algo a ser verificado no microscópio) mas funciona de modo diferente. E fazendo uma analogia, é como se fosse o mesmo computador rodando um programa diferente dos demais.
Segundo o Benito Damasceno, professor de biologia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), é possível dimensionar falhas em uma região do cérebro considerada um marcador corporal da emoção.
Pode existir uma falha na transmissão química entre os neurônios, uma falha da atividade elétrica dos neurônios. Esse indivíduo tem uma linguagem normal, uma memória normal, raciocínio lógico normal. O problema é que ele viola as normas morais e sociais.
Benito Damasceno. Professor de biologia da Unicamp
Sabe-se que o psicopata não é um deficiente mental, nem sofre de alucinações ou problemas de identidade, como pode ocorrer com os esquizofrênicos. Frequentemente, possui inteligência acima da média podendo ser simpático e sedutor. Podendo usar essas qualidades para mentir e enganar os outros. Embora entenda perfeitamente a diferença entre o certo e o errado, o psicopata não é dotado de emoções morais: não sente arrependimento, culpa, piedade nem vergonha. Tampouco consegue nutrir qualquer empatia pelo próximo.
Para um psicopata, atirar em uma pessoa e jogar fora um copo plástico são atos muito parecidos.
Ricardo de Oliveira-Souza. Neurologista da Unirio
Francisco de Assis Pereira - Conhecido como "Maníaco do Parque", foi condenado em 2002 a 274 anos de prisão por ter estuprado e assassinado onze mulheres. O motoboy foi preso no dia 4 de agosto de 1998, em Itaqui (RS). Ele atraía as vítimas com falsas promessas de emprego ou de ensaios fotográficos ao parque do Estado, na zona sul de São Paulo, onde eram violentadas e, em alguns casos, assassinadas.
O desafio para se lidar melhor com a psicopatia é que os cientistas ainda não descobriram o que causa essa deficiência no funcionamento cerebral.
O que se sabe é que o indivíduo nasce ou não com uma tendência biológica a psicopatia. Porém ela pode nunca se manifestar. O que define como ela vai aflorar, e em que grau, é como a pessoa foi criada.
Seja na forma de espancamento, seja na de estupro, o abuso é um fator de risco para a psicopatia, embora, por si só, não possa causá-la.
Ricardo de Oliveira-Souza. Neurologista da Unirio
Nossa personalidade tem sua estrutura formada principalmente até os 8, 10 anos de idade. Nessa fase primordial, a criança necessita se sentir amada, protegida e, sobretudo, receber limites e aprender a seguir regras.
Pais que não colocam limites nos filhos, que deixam os filhos fazerem tudo o que querem, que vêem a criança destruindo objetos e não se importam, esses pais estão criando futuros psicopatas.
Maria de Fátima dos Santos. Psicóloga
A psicóloga Maria de Fátima dos Santos trabalhou por 20 anos no sistema prisional e avaliou criminosos que haviam cometido estupros e assassinatos em série.
Maria de Fátima revela que 95% deles são psicopatas e a grande maioria sofreu violência na infância.
É porque ele teve lá na infância alguma coisa que o fez se tornar insensível
Maria de Fátima dos Santos. Psicóloga
O tema está em pauta depois que um pedreiro ex-detento, Adimar Jesus da Silva, de 40 anos, preso por atentado violento ao pudor foi solto, apesar de laudos psiquiátricos que não recomendavam a soltura, e matou seis rapazes da cidade de Luziânia, cidade goiana no entorno de Brasília.
Para a psiquiatra forense Hilda Morana, seria importante separar os portadores do distúrbio dos demais presos.
Primeiro, porque não existe cura para a psicopatia, o que torna irrecuperáveis – e, conseqüentemente, mais perigosos – os criminosos do gênero.
É impossível curar um psicopata. O melhor é mantê-lo afastado da sociedade. O erro mais comum é condenar um criminoso com esse diagnóstico a penas corporais, como a detenção. O mais sensato é a medida de segurança, que permite tratamento e estabilização do quadro diagnosticado.
Guido Palomba. Psiquiatra forense
Depois, porque psicopatas são manipuladores inatos.
O risco de eles usarem os outros presos em seu benefício ou passarem a comandá-los é grande.
Hilda Morana. Psiquiatra forense
O caso de Luziânia mostra a dificuldade de se lidar com os psicopatas. A Justiça tinha laudos que identificaram “sinais de sadismo” e de “transtornos psicopatológicos” em um exame criminológico realizado em 28 de maio de 2008, conforme nota divulgada pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal.
O Ministério Público pediu, em junho de 2008, a progressão da pena para o regime semiaberto, sem os benefícios da saída da carceragem. O documento ainda indicou o acompanhamento psicossocial ao pedreiro. Em 2009, houve nova determinação da Justiça para acompanhamento psicológico na rede pública de saúde e avaliação psiquiátrica.
Ainda de acordo com nota do TJ/DF, o pedreiro passou por dois atendimentos psicológicos em maio de 2009. Em um deles, ele teria apresentado coerência de pensamento e demonstrou crítica acerca dos comportamentos a ele atribuídos. No outro, o exame informou que o pedreiro não possuía doença mental, nem necessitava de medicação controlada.
Apesar dessas características gerais (pessoas que costumam transgredir regras, ser agressivas e de humor inconstante) os psicopatas conseguem, por vezes, manipular e enganar até os especialistas. Não sendo, portanto, fácil identificá-los para que cada um possa se proteger.
Não pensei em Guilherme de Pádua quando criei a Yvone. Ele é um psicopata assassino, armou a mão da mulher, planejou, emboscou e assassinou minha filha porque não apareceu em dois capítulos e achou que estava saindo da novela. Só um psicopata faz isso e depois fala disso da maneira que um psicopata fala: com trivialidade. Para um psicopata, as outras pessoas são apenas um meio para conseguir um objetivo. Guilherme de Pádua e Paula Thomaz (hoje, Paula Nogueira Peixoto) mataram, deram pêsames à família e foram dormir tranquilamente. A polícia acordou os dois. São coisas que só psicopatas fazem, só alguém completamente desvinculado de sentimentos, de empatia com outro ser humano, é capaz de fazer.
Gloria Perez. Autora de Caminho das Índias e mãe da atriz assassinada Daniela Perez
Fontes:
'É impossível curar um psicopata', diz psiquiatra forense Guido Palomba - G1
Especialistas explicam o que pensam e como agem os psicopatas - G1
Crueldade nas veias - Veja on-line
Sobre Guilherme de Pádua, Glória Perez diz em blog: “se tornou final de carreira para psicopatas assassinos, virar pastor” - O Verbo
A Mulher por Trás da Autora - Zero Hora